Quatro californianos foram presos na terça-feira (02/10) sob acusações de incitação à violência durante as manifestações ocorridas no ano passado em Charlottesville, no estado americano da Virgínia. Segundo os procuradores do caso, todos são membros de um grupo supremacista branco.
Benjamin Drake Daley, de 25 anos, Michael Paul Miselis, de 29 anos, Thomas Walter Gillen, de 34 anos, e Cole Evan White, de 24 anos, foram acusados de violar as leis federais sobre violência e de incitar a violência.
Cada um dos jovens pode pegar 10 anos de prisão se for condenado por ambos os crimes, de acordo com as autoridades. Até o momento, nenhum pedido de contestação foi apresentado pela defesa.
Autoridades afirmam que os quatro viajaram da costa oeste americana, em agosto do último ano, para participar da marcha “Unite the Right” (União da Direita), em protesto à retirada da estátua em homenagem a um membro das Forças Armadas americanas durante a Guerra Civil americana, o comandante Robert E. Lee.
Eles são acusados de agredir fisicamente manifestantes da oposição, que estavam nos locais pelos quais eles passaram durante a marcha do dia 12 de agosto, no Emancipation Park, em Charlottesville. Além disso, também teriam feito o mesmo em um outro momento, durante uma manifestação realizada no campus da universidade da Virginia, onde centenas de apoiadores do movimento “Unite the Right” cantavam “White lives matter” (vidas de pessoas brancas importam) e “Jews will not replace us” (Judeus não nos substituirão).
Essas manifestações ocorridas em Charlottesville, em 12 de agosto de 2017, terminou com um homem avançando com um carro sobre a multidão, matando um manifestante da oposição e deixando dezenas de feridos. O motorista, James Alex Fields Jr., foi condenado em junho, embora tenha se declarado inocente.
Na época, o presidente americano, Donald Trump, se pronunciou repreendendo líderes políticos dos partidos Democrata e Republicano ao afirmar que a violência presenciada em Charlottesville era responsabilidade de “muitos lados”.
Os quatro acusados foram identificados por meio de um documento oficial da Polícia Federal americana, o FBI, como sendo associados ao movimento “Rise Above Movement” (Levante-se sobre o movimento), surgido na Califórnia, e descrito como sendo um “movimento organizado de supremacistas brancos”.
Os promotores ressaltaram que a participação dos californianos no que se refere a bater em manifestantes da oposição foi comprovada por meio de fotos e vídeos registradas durante as manifestaçõe. Algumas dessas imagens foram impressas e anexadas ao documento do FBI.
Os manifestantes tinham sido acusados anteriormente por participação em casos de violência em outros protestos realizados em Huntington Beach e Berkeley, na Califórnia.
Fonte: agências de notícias
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