Uma declaração do MACC – Metropolitan Anarchist Coordinating Council (Conselho de Coordenação Metropolitana Anarquista) sobre o mais recente surto violento do Proud Boys, a postura dos políticos e ações policiais.
Na última sexta-feira (12/10/18), um grupo de trinta Proud Boys – membros de uma autoproclamada organização fascista e sexista do oeste, liderada por Gavin McInnes – cercou e atacou violentamente vários de nossos compas enquanto estes estavam deitados na calçada do Upper East Side, em Manhattan. Durante o ataque, mais de um Proud Boy gritou o xingamento homofóbico “viado” paras as pessoas em quem eles repetidamente pisavam e socavam. Em resposta a esse clássico exemplar de ataque por crime de ódio, as dezenas de policiais presentes deram tapinhas nas costas dos Proud Boys, como que os avisando que as câmeras já estavam satisfeitas com o que tinham filmado. No final da noite, nenhum dos Proud Boys foi preso, e muitos dos manifestantes antifascistas haviam sido levados algemados. Absurdo? Sim. Surpreendente? Não.
Devido a algumas janelas terem sido quebradas e alguns “A’s no círculo” terem sido pintados nas portas do Metropolitan Republican Club, a polícia estava altamente alerta para interceptar qualquer atividade antifascista ou antiautoritária na noite do ataque. Efetivamente, se uma pessoa estivesse ali para protestar contra a encenação, apadrinhada pelo Republican Club, de um ultranacionalista acabando com um socialista, ela estaria automaticamente na mira da NYPD (Departamento de Polícia de Nova Iorque) como uma suspeita das depredações de propriedade da noite anterior. Então, quando um grupo de participantes do evento que acontecia no Republican Club começou a pisotear os manifestantes antifascistas e a xingar injúrias homofóbicas após sair da celebração do assassinato, os policiais fizeram o que lhes fora dito: ficar de olho nas pessoas vestidas de preto e garantir a proteção das pessoas que estavam saindo do Republican Club.
Por fim, o Metropolitan Republican Club, a NYPD e o Proud Boys têm o mesmo objetivo: a manutenção do status quo, seja por meio de políticas econômicas racializadas ou espadas de samurai de plástico. Os Proud Boys estão apenas encenando as fantasias que tem um policial em seu horário de almoço, ou o desejo de um seguidor de Trump de “tornar a América grande novamente” (Make America Great Again) varrendo a oposição das ruas. Mas esse amálgama político já encarou e perdeu as ruas para os antifascistas, em Charlottesville, D.C, e por todo o país.
É por causa desses triunfos que devemos rejeitar chamadas liberais e de centro para investigações ou processos do FBI e da NYPD. Nenhum braço do Estado servirá a uma justiça significativa nessa situação, especialmente quando todo o sistema está podre desde o seu âmago. As campanhas antifascistas de doxxing satisfazem o papel que a NYPD está sendo solicitada a prestar. Não precisamos contar com a intervenção policial, nós podemos – e vamos – fazer isso por conta própria. Nós nos mantemos em segurança.
Enquanto achamos que uma ação penal é comicamente divertida, solicitamos que o governador e qualquer outro partidário momentâneo nos forneça as condições para realmente lutar contra o fascismo: abolir a polícia e nos deixar fazer nosso trabalho.
MACC (Metropolitan Anarchist Coordinating Council)
Cidade de Nova Iorque / 15 de outubro 2018
Fonte: https://itsgoingdown.org/metropolitan-anarchist-coordinating-council-statement-on-proud-boy-attack/
Tradução > breu
agência de notícias anarquistas-ana
Sentada ao balanço,
derrama uma saudação
a moça lá do alto.
Tan Taigi
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!