1º e 2 de dezembro de 2018 | KASA AJEJI
Rua Paulo Ravelli 153 – V. Nova Cachoerinha – São Paulo (travessa da Av. Imirim altura do nº 3.000 )
Programação resumida
>> Sábado | 1º de dezembro
14hs | Sessão “Ficções libertárias sobre a realidade”
Filmes: Alucinação / Unreal / o fAntAsmA do ApArElho / Matar a Luksic (Chile) / Nina / Contaminação Humana (México)
15h40 | Sessão Punk na Argentina
Desacato a Autoridade – Relatos de punks na Argentina 1983-1988
17h00 | SESSÃO FILME-DEBATE Antifascismo e perspectivas atuais
Filmes: Feridos pelo Estado / Universo Preto Paralelo
seguido do debate “Perspectivas anarquistas sobre o antifascismo na atualidade” (infos da mesa em breve)
19h30 | Sessão Guerra de Classes
Filmes: Um breve Relato (ESTRÉIA) / Réquiem Meneghetti / Banco Brecht
20h30 | Apresentação musical do grupo Máfia Afrikana (Campinas/SP)
Mafia Afrikana | Coletivo musical que tem raízes na música preta popular, com influências do candomblé ao jazz, passando inclusive pelo resgate de sambas “marginais” que marcaram os anos 80 e 90.
>> Domingo | 2 de dezembro
14hs | Sessão Contra o Genocídio!
Filmes Deleterio / Ainda se morre na fila do hospital
14h40 | Sessão Contracultura Viva
Filmes Molotov (Israel) / Urgencia nossa de cada dia / Feminismo e negritude no metal (ESTRÉIA)
16h00 | SESSÃO FILME-DEBATE “Antifascismo, Mulheres e Periferia”
Filme Mulheres Periféricas: apoiadas por mais de 500 mil manas
seguido do debate “Antifascismo na ótica da mulher periférica”, com Danielle Braga e Silvana Martins
18h15 | Sessão Solidariedade e Resistência em Lima/Peru
Filme Protestos Propostas Processos : Solidariedade e resistência contracultural, Lima-Perú
20h30 | Apresentação musical do grupo Regicidas (SP)
Regicidas | Nova formação do projeto, com Avelino e Sheyla, que desde 2008 vem trabalhando anarcorap de forma a se refletir sobre luta de classes, racismos, repressão policial, antimachismo e emancipação dos povos oprimidos.
EXPOSIÇÃO | SILVANA MARTINS, DESENHADORA DE LUTAS
A exposição visa apresentar a obra da artista Silvana Martins, por meio de uma coleção de cartazes dotados de um forte traço poético e de profundo sentido social.
O cartaz é o principal meio que a autora encontrou para exprimir suas impressões. As intervenções visuais de Silvana refletem sentimentos, ideias, emoções e pensamentos de seu tempo, dentre outros, a vida urbana periférica, o trabalho, racismo, machismo, comunidade, violência institucional e desigualdades sociais. Os cartazes de Silvana gritam, suas nuances em cores vivas, desejam ser porta vozes simbólicas das lutas populares.
SINOPSES DOS FILMES
Sessão | Ficções sobre a realidade | 1º de dezembro, 14hs
ALUCINAÇÃO
[ficção, 20min, 2018 – Geovany Hércules | São Paulo/SP] Alucinação narra um dia corriqueiro na periferia de São Paulo pela perspectiva de Cadu e Manu, funcionários de uma padaria local.
UNREAL
[ficção/experimental, 16min, 2018 – Luiz Will Gama | Vitória/ES] Como seria se existisse um aplicativo capaz de alterar a nossa realidade durante a capturas de fotos e vídeos para as redes sociais? O que escolheríamos alterar em nossa realidade? UNREAL dialoga sobre o poder das redes sociais e com isso a necessidade de aceitação na sociedade virtual. A realidade apresentada no ambiente virtual nem sempre é o “real”. Mas o problema de alterar a nossa realidade de forma digital é que não saberíamos o que é real ou não. Quais seriam os impactos dessa falsa realidade? E essa projeção da nossa imagem, seria nós mesmo ou um falso nós.
o fAntAsmA do ApArElho
[ficção experimental, 14min, 2018 – Cin’Surg[E]ntE – (A)filmes | Asa Norte/DF] Um filme que o experiente diretor Glauber Guerra jamais conseguirá filmar com sua câmera na mão. Por um lado, não que tal diretor não saiba como ela funciona. Nem que ele não tenha alguma intimidade com seu mecanismo. Tanto que carinhosamente, tal diretor lhe deu o nome de Kin’mera. Sua incansável e fiel caixa preta que lhe acompanhou em tantas realizações fílmicas. Suas mãos estão no lugar, no entanto, as ideias é que não está mais em sua cabeça. Diáspora forçada para fins de insurgência. Pois, até então, elas vinham sendo distorcidas pelos interesses de todas as pessoas envolvidas no ato de filmar. Por isso foram libertadas, absorvidas e insurgidas. Por outro lado, não que este filme impossível assim o seja por razões de que tal aparelho esteja danificado. Não. Pois, é certo que não há problema algum com ela. Pelo contrário, tal caixa mágica é mais do que capaz de produzir imagens. Ela tem a capacidade única de dar importância ao valor das imagens. Kin’mera se importa com cada camada espectral que rouba. Hahahaha.
MATAR A LUKSIC
[ficção, 15min, 2018 – Cinematografica Chilena – Amatista Producciones – Närvarokansla Collective | Santiago/Chile] Chile, 2016. Camila e Pedro, estudantes secundaristas, se conhecem em uma manifestação pela defesa da água contra Alto Maipo, midiático projeto de Luksic, dono de uma das maiores fortunas do país. Sua afinidade política os leva a começar uma relação que inconscientemente os prepara para a guerra. Após uma pausa, enfrentam o responsável pela morte de centenas de pessoas devido à contaminação de água potável que irriga a cidade.
NINA
[ficção, 17min, 2017 – Alice Gouveia | Recife/PE] Nina, submersa numa banheira, busca, ao longo da vida, um encontro consigo. Lá fora, Homens passam por um corredor chamando sua atenção.
CONTAMINAÇÃO HUMANA
[animação, 4min – Escasos Recursos e Ajijo Producciones | México] Todas as manhãs o pai de Pedro o acompanha para pegar o ônibus e ir a escola. Alguns anos depois, com a contaminação dos ares e da água, mudanças terríveis acontecem.
Sessão Desacato a Autoridade | 1º de dezembro, 15h40
DESACATO A AUTORIDADE – RELATOS DE PUNKS NA ARGENTINA 1983-1988
[documentário, 59min, 2015 – Tomás Makaji, Patricia Pietrafesa | Argentina] Documentário que se propõe a resgatar as etapas iniciais e também pouco conhecidas da cena punk local, parte de um projeto de três documentários. Este primeiro capítulo estão os relatos de integrantes de bandas da época, integrantes da cena, fanzineirxs e uma série de pessoas que passaram pelo punk argentino.
SESSÃO FILME-DEBATE Antifascismo e perspectivas atuais | 1º de dezembro, 17hs
FERIDOS PELO ESTADO
[documentário, 29min, 2017 – Agência Pública | São Paulo/SP] O documentário “Feridos pelo Estado” investiga o que mudou e o que permaneceu igual na relação do Estado brasileiro com as manifestações populares entre 1977 e 2017, a partir de três casos.
UNIVERSO PRETO PARALELO
[documentário, 12min, 2017 – Tropeiro Produções | São Paulo/SP] Um paralelo entre as violações de direitos humanos do passado escravocrata brasileiro e a ditadura militar é traçado por obras do século XIX junto a depoimentos dados à Comissão Nacional da Verdade. Quem são os heróis nacionais brasileiros?
seguido do debate “Perspectivas anarquistas sobre o antifascismo na atualidade” (infos da mesa em breve)
Sessão Guerra de Classes | 1º de dezembro, 19h30
UM BREVE RELATO | ESTRÉIA
[documentário, 15min, 2018 – Avelino Regicida | São Paulo/SP] Pessoas com diferentes atuações sociais e de diversas localidades foram o foco nos relatos do curta que propõe a reflexão sobre o que é guerra de classes.
Gravado de setembro de 2012 a abril de 2018.
RÉQUIEM MENEGHETTI
[documentário, 8min, 2016 – Utopíe Produções | Rio de Janeiro/RJ] A história do ladrão anarquista Gino Meneghetti, personagem lendário na São Paulo do século XX, é contada através dos destaques que ele teve na imprensa da época. Qualquer semelhança com a ficção não é mera coincidência.
BANCO BRECHT
[ficção, 9min, 2017 – Tiago Aguiar e Marcio Souza | Recife/PE] Grupo de pessoas busca meios de financiar ações contra o sistema político, planejando um assalto a banco. Banco Brecht é um curta que questiona a sociedade, o que é a violência e o tipo dela que é permitida ou não pelo Estado.
Sessão Contra o genocídio | 2 de dezembro, 14hs
DELETÉRIO
[video-arte, 5min, 2018 – Ari Frost | São Felix/BA] O vídeo Deletério tem como protagonismo o questionamento com relação a banalidade e a efemeridade que se tornou a morte de negros, um sofrimento que foi naturalizado, outras discussões pertinentes também são os assassinatos que ocorrem nas periferias do país, a violência policial, o impacto do ocorrido para as famílias e amigos. Apresentando fatos reais de uma ação policial na cidade de Cachoeira, no estado da Bahia, que resultou no assassinato de 3 negros, sob circunstancias controversas e dúbias. Deletério revela em sua interação possibilidades e pistas para pensar esta questão no estado Brasileiro, repensar o cotidiano e reinventar o mundo, como um buraco de minhoca para o futuro onde as questões por ela abordadas sejam pensadas de forma humanitária, justa e livre.
AINDA SE MORRE NA FILA DO HOSPITAL
[documentário, 21min, 2018 – Grupo Capote | São Paulo/SP] Filmado no cemitério Vila Formosa, um dos maiores da América Latina, o filme se propõe a travar experiências diretas com o cemitério e seus personagens.
Sessão Contracultura Viva | 2 de dezembro, 14h40
MOLOTOV
[documentário, 35min, 2018 – Matan Ben Moreh & Ziv Sahar | Israel] Desembaraçados e indiferentes às iscas das luzes brilhantes e dos grandes edifícios que dominam o horizonte, todos os anos um grupo de punks de Tel Aviv faz surgir um festival de bandas em um pedaço de terra geralmente negligenciado e esquecido.
A URGÊNCIA NOSSA DE CADA DIA
[documentário, 17min, 2018 – Deniere Rocha | Salvador/BA] O documentário trata da relação que os integrantes da banda Unkilled Thrash estabelece com a música e com o cenário punk, tendo como principal objetivo mostrar a importância que cena têm para a vida destes. Trata-se do “faça você mesmo”. Da necessidade subjetiva de se expressar, de protestar, de ocupar espaços públicos e de pertencer.
FEMINISMO E NEGRITUDE NO METAL | ESTRÉIA
[documentário, 2018 – Avelino Regicida | São Paulo/SP] Curta documentário sobre o 3º encontro das Metaleiras Negras, pagina virtual destinada a divulgação das mulheres negras na história do rock.
16h00 | SESSÃO FILME-DEBATE “Antifascismo, Mulheres e Periferia”
MULHERES PERIFÉRICAS: APOIADAS POR MAIS DE 500 MIL MANAS
[documentário, 29min, 2017 – Fala Guerreira | São Paulo/SP]
Há muita vida, muitas histórias sendo costuradas pelas bordas da cidade. Nelas, as mãos das mulheres têm sido sustento e forma, por elas sido esculpidas, paridas e alimentadas. Seria um equívoco traçar um fio que as equiparassem ou qualquer tentativa de equivalência que não fosse capaz de mostrar a pluralidade, a individualidade nas linhas de cada uma dessas mãos.
Para registrar, para partilhar, para reunir e celebrar a vida dessas mulheres – das de agora, das que pisaram o chão das periferias da zona sul antes e das que ainda chegarão por aqui -, o coletivo Fala Guerreira produziu o documentário Mulheres Periféricas: apoiadas por mais de 500 mil manas.
Cada fala é marcada pela sobrevivência em um território de conflitos, de ausências, de projeções e de sonhos. São elas que seguem reinventando a vida por aqui também.
O documentário conta com a participação de aproximadamente 30 mulheres, jovens e velhas, mães, filhas, avós. Reunidas em círculo, viveram juntas um dia de elaboração do que é ser mulher periférica, um dia de cuidado e afetos. Feminismo, sexualidade, maternidade, coletividade, medos e solidão. E preciso estar atenta para escutar cada texto, cada voz.
Mesa: O antifascismo na ótica da mulher periférica, com Danielle Braga e Silvana Martins
*Danielle Braga, atualmente psicóloga no CDCM- Mulheres Vivas. Mãe, feminista e militante dos direitos da mulher periférica. Silvana Martins, desenhadora gráfica das idéias das quebradas, arte educadora e militante pelo acesso a cultura e pelos direitos da mulher periférica.
Sessão Solidariedade e Resistência em Lima/Peru | 2 de dezembro, 18h15
PROTESTOS PROPOSTAS PROCESSOS: SOLIDARIEDADE E RESISTÊNCIA CONTRACULTURAL, LIMA-PERÚ
[documentário, 104min, 2017 – Tomate Colectivo | Lima/Peru] Projeto documental que percorre por 10 anos de lutas sociais e movimentos contraculturais na capital peruana. Dentro deste monstro urbano de 10 milhões de habitantes que é Lima, a solidariedade e auto-organização nos bairros populares através de iniciativas independentes traduzem o renascimento de uma atividade política contestatória. Este condensado audiovisual cruza e retrata a trajetória de distintos coletivos que usam como ferramenta de transformação a música, muralismo, circo, serigrafia e fotografia para criar uma rede de contra-poderes a margem dos grandes meios de comunicação e estruturas institucionais.
>> Mais infos:
https://anarcopunk.org/festival/
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