Em 1919, um movimento revolucionário anarquista foi criado na Ucrânia, liderado por Néstor Makhnó.
Coincidindo com o centenário da revolução social ucraniana de signo anarquista, liderada por Nestor Makhnó contra os brancos e os bolcheviques, o grupo anarquista Higinio Carrocera, em colaboração com o Centro Social Autogerido La Xusticia, realiza na sexta-feira, dia 14, uma conversa-colóquio a cargo de Jesus Aller, geólogo e professor aposentado da Universidade de Oviedo e estudioso do anarquismo. O evento terá início às 19 horas e depois haverá uma interpretação musical da Makhnovschina e petiscos para confraternização. A atividade será realizada na sede da La Xusticia, na Rua Valentín Ochoa, 5 de La Felguera (Astúrias).
Para o Grupo Higinio Carrocera, é importante lembrar e trazer ao presente a luta do Exército Negro pela liberdade dos trabalhadores ucranianos. Esta é provavelmente a segunda revolução claramente anarquista na Europa, juntamente com a subsequente Revolução Espanhola liderada pela CNT-FAI.
A revolução makhnovista, também chamada Majnóvschina foi um movimento revolucionário de caráter anarco-comunista e guerrilheiro nascido durante a Guerra Civil Russa entre 1918 e 1921. Seu objetivo foi implementar um sistema no qual os camponeses e trabalhadores industriais poderiam abolir as estruturas estatais e capitalistas para se autogerirem através de assembleias e federações de aldeias, municípios e conselhos sindicais.
Graças ao poder alcançado pelo seu Exército Negro conquistaram um vasto território a leste da atual Ucrânia, chamado Território Livre ou Majnovia, onde expropriaram latifundiários e industriais de suas propriedades. Estabeleceram uma economia de livre troca entre comunidades rurais e urbanas. A adesão era voluntária, e aqueles que se recusaram tinham certos direitos básicos, mas estavam em desvantagem para aqueles que participaram. Os maknovistas deixaram as vilas e cidades que tomavam se organizar, mas exigiam apoio para defender estes territórios de qualquer tentativa de restabelecer o Estado por qualquer dos beligerantes.
Este movimento foi distinguido entre muitas revoltas camponesas e governos pela extensão do território que passou a controlar, a mobilização em massa, de alta organização e seu grande impacto ideológico. Sua maior capacidade de adaptação às circunstâncias permitiu-lhe resistir muito mais.
Jesús Aller Manrique
Nascido em Gijón em 1956, estudou geologia na Universidade de Oviedo, onde foi professor durante quarenta anos (entre 1978 e 2018) até sua aposentadoria em agosto passado. Paralelamente a este trabalho, desde 1980, publica vários livros, principalmente de poesia, mas também um em 2002, no qual ele narra suas viagens através de vários países da Ásia. Desde 1999 também publica resenhas de livros em diferentes mídias, principalmente na web Rebelion.org.
Em todos os seus livros e artigos se declara sempre influenciado por duas ideias que segundo ele cerram a chave para que a sociedade possa progredir: o anarquismo, com o seu modelo de sociedade livre, federal e autogestionada, e o budismo, entendido como ferramenta de autoconhecimento para superar a situação de alienação em que o capitalismo e o estatismo nos colocam.
grupoanarquistahc.wordpress.com
Tradução > Liberto
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agência de notícias anarquistas-ana
Desfia e tece a prece
rosário vivo e disfarce
de lágrima leve
Nazareth Bizutti
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!