Realização e produção: Irene Powers Rodríguez, Raquel Vargas Garrido e Alberto León Sáez. Julho de 2018
O mundo rural está se reconfigurando. Na atualidade assistimos a um descompensado fluxo migratório que está conduzindo os povoados da Espanha a uma preocupante despopulação e abandono. Isto não é novo, nem nos surpreende. Já está acontecendo a mais de 70 anos. No entanto, nos assombra que também exista, ainda que minoritariamente, o processo migratório contrário e haja pessoas que, cansadas da urbe e das relações sociais e de consumo que se dão nela, optem por abandoná-la e habitar o campo.
Desta curiosidade nasceu Fraguas – Documental, uma peça audiovisual que podemos encontrar no YouTube. Nesta reportagem documentário nos adentramos no povoado okupado e reconstruído de Fraguas através do olhar dos personagens que o compõem. Ao longo da narração de sua história, conheceremos o dramatismo da situação legal que vivem, mas também suas aspirações, sonhos e projetos. Veremos, pela mão de seus protagonistas, o interessante processo demográfico da neorruralidade, sua carga política e os conflitos aos quais se expõem ao construir um projeto à margem do Estado.
Fraguas saltou à agenda midiática depois que seus novos povoadores enfrentaram um julgamento em que a Junta de Castilla la Mancha pedia para eles uma pena de quatro anos de prisão. Estes grandes meios, que fizeram eco da notícia, não aprofundaram sobre o que era Fraguas além de um povoado ameaçado pela Instituição. Em Fraguas –Documental, se busca gerar uma história mais profunda, que fale das expropriações do Estado nos anos 60, da recuperação da terra, da autonomia, da auto-organização, da ecologia, da construção de redes, da criação de uma comunidade e de resistência.
>> Assista o documentário (16:53) aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=dmKQuWOokck
Fonte: https://www.todoporhacer.org/documental-fraguas/
Tradução > Sol de Abril
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!