
Devemos assinalar que apesar da coincidência com o período pré-eleitoral, esta jornada já tem sido novamente um êxito só pelo fato de que voltaram a colocar sobre as mesas – para não sair – debates em torno do machismo, da precariedade e da desigualdade das mulheres em nossa sociedade.
Na parte laboral da greve, onde a participação está sendo variada segundo territórios e setores – comprovamos que nos setores mais feminizados, como Telemarketing, a participação chegou a ser de até 50%. Se observam atrasos nos transportes, uma alta participação no setor educativo e inclusive na indústria – um setor altamente masculinizado – vemos que oscila a participação de 10% até 25%.
Em grandes e médias empresas voltamos a observar maiores taxas de participação que nas pequenas, ainda que em ambas voltamos a receber este ano queixas de pressões, ameaças e fraudes atualmente em mãos de nossos serviços jurídicos.
Na administração se registram casos nos quais aumentaram as necessidades dos serviços mínimos, variando a participação de 30% em Castilla e León, até 60% em Euskadi.
Houve grêmios que se somaram à greve, como as jornalistas, em cujo ramo houve paralisações que inclusive hegaram a ser de 100% como em programas como “Carne Cruda”, a redação de “La Marea” assim como entre trabalhadoras e colaboradoras de “El Salto Diario”. Em “El País” as trabalhadoras apoiaram majoritariamente a Greve.
Houve um amplo apoio no setor Teatral onde se suspenderam atuações como “El silencio de Elvis” e “Sex Escape”, “33” o musical, “El jovencito Frankenstein”…
Por territórios, voltamos a nos encontrar com a tônica de que a participação nas grandes capitais é ampla, visibilizando-se nos piquetes que cortaram os centros das principais cidades. Nas localidades menores o cômputo global é bastante inferior, ainda que nas capitais de província se notou mais a participação na Greve.
No âmbito estudantil, o apoio foi praticamente total, especialmente no ensino médio e universitárias.
A CNT participou desde o começo do turno da noite do dia de ontem (07/03) em dezenas de províncias, fazendo parte em dezenas de atos, desde caceroladas, passando por manifestações noturnas aos tradicionais piquetes, informando às trabalhadoras.
Vemos que as mobilizações da manhã – em princípio convocadas por associações estudantis – estão sendo acompanhadas por milhares de trabalhadoras e trabalhadores em greve, que estão voltando a tomar as ruas outro ano mais com ações comuns e participativas.
Tradução > Sol de Abril
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Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!
Não entendi uma coisa: hoje ele tá preso?