“Maldita cachorra anarquista, desejaria poder atacar-te. Te arrancaria o coração e o daria a meu cachorro”. Esta foi uma das mensagens menos obscenas recebidas por Emma Goldman, enquanto estava no cárcere por suspeita de cumplicidade no assassinato de McKinley. A mulher mais notória de sua época foi odiada amargamente por muitos e igualmente venerada por outros. Os fortes sentimentos que despertou são compreensíveis, Goldman era uma extraterrestre: anarquista praticante, agitadora trabalhista, pacifista na Primeira Guerra Mundial, defensora da violência política, feminista, defensora do amor e do controle da natalidade gratuitas, e lutadora na rua pela justiça, tudo isso desenvolvido com um forte intelecto e uma paixão ilimitada. Conhecia a quase todas as pessoas importantes dos círculos radicais, e dominava muitas áreas do movimento, dando conferências, escrevendo e discursando para despertar o mundo com suas ideias. Após a Primeira Guerra Mundial foi deportada à Rússia, onde, apesar do primeiro gesto de boas vindas de Lenin, logo descobriria que os anarquistas não eram bem recebidos. Goldman foi uma mulher que dedicou sua vida a eliminar o sofrimento, mas que podia fazer uma bomba ou ajudar a organizar um assassinato.
150 aniversário do nascimento de Emma Goldman (1869-2019)
Viviendo mi vida (tomo 2)
Emma Goldman
Capitán Swing Libros – Fundación Anselmo Lorenzo
578 págs.
Madrid 2019
ISBN 9788494966828
25 €
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!