Queremos a auto-organização e o confronto. Desejamos a organização através da confluência de estruturas coletivas, participativas e libertárias, onde o conflito possa ser debatido, suavizado e que seja possível o consenso.
Buscamos o confronto com o “sistema”, com suas duas faces da mesma moeda: capitalismo explorador e Estado opressor, para construir um discurso revolucionário, esclarecer posições e fazer do trabalho pedagógico uma dinâmica comum; também para apoiar-nos emocional e materialmente.
Nos negamos a ser elites, vanguardas, comitês permanentes, queremos uma organização que se construa desde baixo, que conflua na ação cidadã, desde os ateneus libertários, dos grupos de bairro, das escolas livres, dos coletivos feministas, dos fóruns permanentes de debate, dos comitês de greve, etc. Para poder ser o fermento que amplia o que ditos organismos de base já estão pondo em prática. Em suma, buscamos dar uma visibilidade o mais ampla possível a todas as frentes que estão abertas nos bairros e nas cidades em que o sindicalismo revolucionário não chega.
Deste modo, compartilhando recursos, experiências, dialogando, criamos organização e com isso fazemos convergir as energias individuais dispersas em núcleos coletivos com uma capacidade de influência que contribua para dar passos para a tão ansiada revolução.
A realidade social que nos cabe viver impede o desenvolvimento de alternativas vivenciais de todo tipo. O Capital, com sua ubiquidade, nos delimita e nos esmaga. Estamos ante o maior acúmulo de poder jamais conhecido pela humanidade, bem organizado, capaz de manipular a cidadania até o ponto de convertê-la em uma massa amorfa de indivíduos mansos. Para combater este “poder” nos organizamos: unidas somos mais fortes.
Quando tivermos os recursos e a força suficientes, será preciso dar-lhes utilidade para impulsionar transformações sociais que impliquem na maior quantidade de pessoas possível. Para isso necessitamos nos dotar de organismos que desde o local, as proximidades, o imediato, saibam integrar-se e coordenar-se com objetivos globais, iluminando o caminho para uma cultura que recupere a solidariedade e o bem comum como pilares dessa nova sociedade que está por nascer; desejamos substituir o individualismo neoliberal reacionário por um coletivismo solidário que humanize nossas relações.
Temos uma tarefa árdua pela frente. Ninguém poderá dizer que não é motivante.
ateneolibertariocarabanchellatina.wordpress.com
agência de notícias anarquistas-ana
As nuvens do céu –
o céu do infinito
eu de nenhum lugar
Stefan Theodoru
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!