A partir da quarta-feira, 19 de junho, em teu sindicato mais próximo. Adiantamos a apresentação da nova época.
Depois de uma breve mas indispensável ausência, o jornal “CNT” volta com renovadas energias, como sempre com a pretensão de ser a voz do anarcossindicalismo revolucionário. Qualquer um que conheça a Confederação já poderia ter antecipado que não iria passar muito tempo até que nosso órgão de expressão voltasse às rotativas. Talvez nos venha à memória Fidel Miró, fundador da revista “Ruta” em 1936, quando recordando seus tempos de jovem no documentário “Viviendo la Utopía” assegurava com olhar pícaro que “quando se reuniam três anarquistas se fazia um jornal”.
E assim continua sendo; não tardou em reunir-se uma nutrida equipe para voltar a pôr em marcha a maquinaria. Como sempre, com a capacidade de trabalho em coletivo que caracteriza o nosso pensamento libertário e solidário, com a ânsia de explicar tudo o que implica sentir a verdadeira colaboração entre iguais, esse é nosso objetivo e ao mesmo tempo nossa remuneração. Como tudo o que a CNT leva a cabo, este jornal é um exemplo prático de anarcossindicalismo e de esforço militante.
Com um formato renovado, mas sem esquecer a enorme responsabilidade que supõe continuar um trabalho de quase 87 anos de história, nesta nova etapa do “CNT” apostaremos por mais análises, mais reportagens e, sobretudo, queremos que estas páginas sejam um convite à reflexão e ao posterior intercâmbio de ideias em coletivo no seio do sindicato, no local de trabalho, na rua e em nosso dia a dia.
“Como tudo o que a CNT leva a cabo, este jornal é um exemplo prático de anarcossindicalismo e de esforço militante.”
Uma nova etapa marcada pela mudança na forma de comunicar que nos proporcionam as novas tecnologias, em um mundo digital no qual a informação deve ser rápida. Uns meios que o sistema aproveitou para bombardear a população com milhões de mensagens para dar-nos a sensação de saber tudo quando não sabemos nada verdadeiro.
Sendo conscientes disso, a filiação da CNT, reunida em seu último Congresso em Zaragoza, decidiu renovar a web do sindicato www.cnt.es, convertendo-a em uma web mais informativa, que nos dias de hoje constitui nosso jornal digital, com a atualidade mais imediata, refletindo a realidade do dia a dia do trabalho do sindicato. Mas não quisemos esquecer os meios tradicionais, o papel que nos permite fazer com que nossas ideias cheguem à rua, a nosso posto de trabalho, nosso querido “CNT” que tanto nos aproximou o anarcossindicalismo.
Tudo isso sempre tendo claro que devemos oferecer um ponto de vista maduro e convincente, e que para isso devemos contar com profissionais em cada ramo que ademais sejam capazes de comunicar objetivamente e com clareza. Precisamente o que nos proporciona ser uma organização sindical de classe, já que estamos em cada posto de trabalho, somos o motor que move a máquina produtiva e portanto temos possibilidade de opinar em todos os âmbitos da sociedade e desde abaixo. Não nos basta com opinar uma vez a cada quatro anos, queremos opinar em tudo aquilo que nos incumbe como povoadores do planeta.
“Somos o motor que move a máquina produtiva e portanto temos possibilidade de opinar em todos os âmbitos da sociedade e desde abaixo.”
Nesta ocasião, sairemos à rua com uma periodicidade trimestral que nos permitirá analisar com serenidade a realidade que nos rodeia e oferecer nosso ponto de vista, sempre alternativo, sempre independente dos poderes econômicos. Porque nossa gazeta se financia de forma autogestionária com as quotas da filiação, sem a pressão de anunciantes nem acionistas.
Assim pois, começamos nossa caminhada com a pretensão de chegar a toda a filiação, assim como receber sugestões através das Secretarias de Comunicação, com o fim de melhorar este projeto que anseia ser de toda a CNT. E, posto que Malatesta definia as pessoas anarquistas como aquelas que querem “o máximo bem estar, a máxima liberdade, o máximo desenvolvimento possível para todos os seres humanos”, temos a segurança de que chegaremos mais além.
Andrés Sánchez Pesquero
Secretário de Comunicação da CNT
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
À sombra, num banco,
folha cai suave
sobre meu cabelo branco
Winston
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!