por Jamil Chade | 30/07/2019
Proteger a floresta no Brasil é uma atividade de elevado risco. Um levantamento realizado pela entidade Global Witness revela que o Brasil registrou 20 mortes de ativistas ambientais em 2018, colocando o País como o quarto local do mundo com o maior número de assassinatos. Mas, desde 2002, a organização estima que foram pelo menos 653 execuções no Brasil, o que estabelece o país como o mais perigoso nesse século para ambientalistas e ativistas.
No mundo, a entidade estima que 164 ativistas ambientais foram assassinados em 2018 ao defender suas terras e recursos naturais contra exploração de garimpeiros, de agricultores e de madeireiras.
Criado há quase 20 anos o ranking sempre trouxe o Brasil como o principal local de mortes do mundo. Em 2017, por exemplo, a entidade contava com 57 assassinatos no país. Em 2003, foram 73 mortes.
No ano passado, porém, a liderança foi das Filipinas, com 30 assassinatos. O segundo lugar mais perigoso é a Colômbia, com 24 mortes, seguido pela Índia, com 23.
No caso do Brasil, oito dos 20 ativistas mortos tinham uma relação com disputas entre ambientalistas e o setor da soja, principalmente no Pará.
O documento, porém, deixa claro que as políticas do atual governo podem incrementar a violência no país.
Segundo a entidade, Jair Bolsonaro “prometeu abrir reservas indígenas ao desenvolvimento comercial, incluindo mineração, agricultura e infraestrutura”. Segundo eles, “isso já provocou uma série de invasões de terras indígenas por grupos armados de grileiros, com comunidades que vivem com medo de futuros ataques”.
Nos últimos dias, relatores e representantes da ONU tem alertado ainda que o presidente deve abandonar sua ideia de abrir as reservas para a exploração, sob o risco de que tal medida se traduza em um número ainda maior de mortes entre ambientalistas.
agência de notícias anarquistas-ana
Canto e contracanto:
o pica-pau reclamando
do som do machado.
Anibal Beça
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!