A autora reflete, neste brilhante ensaio, sobre a herança patriarcal no pensamento europeu, desde a caça de bruxas até a atualidade.
“Tremam, voltam as bruxas!”, dizia um slogan feminista da década de 1970. Imagem repelente, representação misógina herdada dos processos e as fogueiras das grandes perseguições que sofreram. No entanto, afirma Chollet, a bruxa serve às mulheres de hoje como figura de poder positivo, livre de toda opressão. As novas gerações de feministas parecem mais influenciadas ainda que suas predecessoras por esta figura. A bruxa é ao mesmo tempo a vítima absoluta, para a qual se reclama justiça, e rebelde obstinada e esquiva. Mas quem eram realmente as que, na Europa do Renascimento, foram acusadas de bruxaria? Que classe de mulheres foram censuradas, reprimidas, eliminadas durante aqueles séculos de terror?
Este livro explora três estereótipos de mulher e o processo que conduziu a sua estigmatização, assim como o que fica na atualidade dessa visão, tanto em nossos preconceitos como em nossas representações: a mulher independente, posto que viúvas e solteiras foram especialmente perseguidas; a mulher sem filhos, posto que a época das perseguições assinalou o fim da tolerância para as que pretendiam controlar sua fertilidade, e a mulher idosa, convertida desde então em objeto de aversão.
Brujas é um livro cativante e indispensável, no qual sua autora faz da bruxaria uma grandiosa metáfora feminista.
Brujas | ¿Estigma o la fuerza invencible de las mujeres?
Mona Chollet.
B (Ediciones B), Barcelona 2019
264 págs. Rústica 23×15 cm
ISBN 9788466665582
18.90€
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
entre velhas páginas
uma folha ainda verde
da casa antiga
Alice Ruiz
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!