As oficinas se realizam nos dois últimos sábados de cada mês.
O movimento feminista anarquista Mujeres Creando organiza oficinas de autodefesa dirigidas a meninas, adolescentes e adultas, como resposta aos casos de violência machista que se apresentam na sociedade.
“Não é que vamos lutar com um homem”, esclarece Carmen Gardeazábal, uma das 25 mulheres que no ano passado receberam capacitação em autodefesa com uma instrutora espanhola.
“Não são as oficinas de autodefesa que oferecem nos ginásios, onde ensinam técnicas físicas. Isto vem desde o feminismo, que toma a mulher como sujeito de decisão, de opinião, para que tenha liberdades, para que lhe deem a palavra”, acrescenta Gardeazábal.
Desde outubro do ano passado, os últimos dois sábados de cada mês estão reservados para a Oficina de Autodefesa Feminista, “uma proposta de Mujeres Creando para ter respostas concretas” aos casos de violência.
“O sistema diz que não devemos sair de noite. Mas se tenho que trabalhar e depois estudar? Para isso devo saber defender-me, ter as ferramentas corretas e perder o terror que nos impõem”, diz Eugenia Chambi, uma das seis instrutoras da oficina.
A instrução está dividida em três grupos: o primeiro está destinado a meninas entre 7 e 13 anos (quatro horas de duração), o segundo tem adolescentes entre 14 e 17 anos, enquanto que o último é desde os 18 anos em diante (estes últimos com oito horas).
Na oficina falam dos programas em que apresentam aos varões como super-heróis e às mulheres como princesas. A partir disso lhes fazem questionar seu entorno para reforçar sua soberania.
“Na televisão nos mostram mulheres tipo Barbi, um modelo europeu. Não há referências de mulheres nacionais, de nossa cor de pele. Por isso, cada menina questiona a realidade para reforçar sua soberania”, comenta Chambi.
Os demais grupos passam oito horas, tempo em que aprendem técnicas de autodefesa. “Não motivamos a violência. Se como mulheres estamos sendo atacadas, aprenderemos a analisar o contexto e com dois movimentos certeiros debilitaremos o agressor para correr”, explica Gardeazábal.
O custo das oficinas é de 30 Bs para meninas e adolescentes, e 50 Bs para adultas. As inscrições estão abertas na Virgen dos Deseos (Av. 20 de Octubre número 2060, entre Aspiazu e J.J. Torres) ou através do tel. 62547603. Não há requisito de inscrição.
Tradução > Sol de Abril
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!