Essa quarta-feira, 4 de setembro, chega a nossa mais nova e bela loucura editorial. FRATERNALMENTE, EMMA. CARTAS DE AMOR E DE GUERRA. Edição ampliada e revisada de um de nossos livros clássicos, uma bela obra que traz pela primeira vez a emocionante história da correspondência entre a lendária anarquista e Vidal Arabi, um anarquista que tentou assassinar Franco e misterioso membro do Serviço de Inteligência da República. Disponível a partir dessa quarta-feira, 4 de setembro, na nossa loja online, e em breve em sua livraria favorita.
Inédita até o momento, a correspondência entre a histórica e famosa anarquista Emma Goldman — que foi considerada a inimiga número um dos Estados Unidos da América – e o militante da FAI, Vidal Arabi, constitui um maravilhoso testemunho da dimensão humana e social de ambos. A troca de correspondência ocorreu em um momento crucial: a Guerra Civil chegava ao fim, a situação dos refugiados e exilados era dramática e na Europa o totalitarismo avançava. Descoberta há anos no interior de uma maleta que, um belo dia, Vidal havia deixado para trás, esses documentos são o exemplo claro de que aquela época era inigualável, assim como seus protagonistas eram únicos.
“Em 13 de agosto de 1996, recebi uma carta de Mercé Vidal, neta de Antonio Vidal Arabi, membro do Comitê de Defesa Confederal das Ilhas Canárias em 18 de julho de 1936. Nela me falava de uns documentos que pertenciam ao seu avô. Em 29 de abril de 1997, Mercé me escreve: “E também tenho a história completa da chegada da mala, aí vai… Em 1989, no mês de maio, o Sr. Kent Cutler e sua esposa passaram por Barcelona, via Málaga, para cumprir um pedido de sua vizinha Janet Grove, que havia morrido antes do Natal, ou seja, em 1988, por volta de outubro ou novembro daquele ano. O pedido era deixar a maleta que havia sido de meu avô com a minha tia Jeannette. Minha avó, Mercedes Senabre Ballester, já havia morrido; Ela nos deixou em 14 de fevereiro de 1984, ou seja, ela não chegou a ver a mala. Mas o que havia na maleta e quem era o avô de Mercé? Na mala havia vários relatórios confidenciais, produto do trabalho de Vidal como agente de inteligência do exército republicano”. Ricardo García Luis (Introdução)
Antonio Vidal foi membro proeminente da FAI anarquista, além de agente do Serviço de Informações do Exército da Terra e notável propagandista da CNT com contatos em Tânger, França, Inglaterra… Foi quando Vidal adotou o novo heterônimo: Martín Herrera Mendoza, agente M. H. 16. Durante a revolução espanhola conheceu Emma Goldman e, desde então, a dedicaria um profundo amor e uma grande devoção, tal como mostrado nessas cartas.
Emma Goldman (1869-1940) foi uma das figuras de maior destaque do pensamento social e político dos anos finais do século XIX e começo do século XX. Precursora de boa parte da ideologia feminista e livre-pensadora, seu nome está presente em inúmeros eventos revolucionários, protestos e fenômenos da história contemporânea (Revolução Russa e Guerra Civil Espanhola, etc.).
Para essa nova edição, revisada e ampliada, foi incluído um prólogo de Dolors Marín sobre Emma na Espanha, assim como um caderno de fotografias das visitas de Goldman em nosso país na companhia de integrantes do Mulheres Livres.
Dados: ISBN: 978-84-12-04422-5 | Editorial La Felguera | Memórias da coleção Subsolo | 132 páginas + fotografias em notebook de Emma Goldman na Espanha | 18 euros | 140 mm x 190 mm | Capa dura em azul com gravura em prata | Prefácio de Dolors Marín e introdução de Ricardo García.
Se deseja mais informações ou exemplares para avaliar, pode entrar em contato conosco: lafelguera@nodo50.org
Tradução > Daitoshi
agência de notícias anarquistas-ana
Abrindo a janela
Um zum-zum de abelhas —
Roseiral florido.
Clécie Pontes
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!