A partir de 2 de dezembro, os donos do mundo vem à Madrid para a COP25, a Conferência das Partes para o acordo do clima. Alguns dos maiores assassinos deste planeta e dos maiores responsáveis pela sua devastação. Vem para encher suas bocas e agendas com os próximos planos de “luta contra a mudança climática”. Enquanto o capitalismo global segue intacto e o grosso das emissões de CO2 emanam da produção industrial, enquanto suas entidades continuam devastando florestas e montanhas para extrair seus recursos naturais.
E como se não fosse suficiente, ao mesmo tempo, o Chile arde, e suas ruas seguem cobertas pelos resíduos dos armamentos das forças de segurança. Mas Piñera não podia ver sua agenda política perturbada pela revolta, não podia admitir o foco midiático questionando seu mandato ante tal convulsão social. E graças à amabilidade do governo da Espanha agora poderá continuar com seus planos sem se descabelar.
Mas no Chile a normalidade já não podia se sustentar, e nós tampouco queremos sustentá-la aqui. Não vamos permitir aos líderes mundiais reunirem-se para esboçar a destruição sob a aparência da sustentabilidade e da respeitabilidade, como se tudo caminhasse com perfeita normalidade. Como se não já estivessem destruindo todo este tempo, como se não carregassem milhares de cadáveres em suas costas. Não vamos lhes outorgar tal legitimidade. Também, porque sabemos que a melhor maneira de solidarizar-se com as rebeldes não é outra coisa que estender a revolta. Como em Hamburgo, queremos que esta cúpula se converta em seu inferno.
Por isso encorajamos às inimigas deste sistema a reunir-se em Madrid, nas datas em que os donos do mundo se encontrarem nesta cidade (2 a 13 de dezembro de 2019). Permaneçam atentas às próximas convocatórias e informações. Habilitar-se-ão espaços para acolher às que cheguem de outros lugares.
Por outro lado, tampouco confiamos em que as políticas que se gestam em parlamentos e escritórios vão deter a destruição ou frear o caminho para o colapso, que cada vez se torna mais inevitável. Mas confiamos na capacidade de atuar de cada uma, de maneira individual ou em grupos. Por isso queremos fazer um chamado à ação descentralizada para assinalar os responsáveis pela destruição do meio ambiente. Os políticos não vão atuar contra os interesses do capitalismo, mas nós sim. Contra a mudança climática, ação direta.
Guerra a quem destrói a terra.
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
livro aberto gelado
o norte geme no vento
sobre a página branca
Lisa Carducci
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!