
Em 19 de julho de 1936 “o povo em armas” para o golpe militar e, em muitas regiões e localidades do país, o movimento anarquista proclama a revolução. Esta afeta também a indústria do espetáculo, uma atividade da qual vivem 45.000 pessoas na Espanha republicana: autores, atores, músicos, bailarinos, cenógrafos, diretores de cinema, projecionistas de cine, acomodadores, bilheteiros, porteiros… A revolução consiste em que os trabalhadores tomem o controle das empresas para melhorar seu nível de vida, dignificar a profissão e renovar a programação com espetáculos de valor artístico e cultural que reflitam os verdadeiros objetivos do país. Por exemplo, a situação do campo, a prostituição, o poder desmesurado da Igreja, a exploração do homem pelo homem, o papel das milícias de guerra. O objetivo é educar o povo e criar nas frentes de batalha e na retaguarda um espírito antifascista que ajude a ganhar o conflito civil. No entanto, a revolução nos espetáculos termina fracassando inclusive antes do fim da contenda por múltiplas dificuldades: dissensões internas, má direção, profissionais pouco qualificados, falta de suprimentos, destroços dos bombardeios, perseguição dos comunistas, infiltração de “fascistas”, obstrucionismo do capital estrangeiro… A maior parte dos implicados nesta utopia terminarão nos cárceres franquistas, empreenderão o caminho do exílio ou terão problemas para voltar a exercer sua profissão.
Arte, espectáculos y propaganda bajo el signo libertario (España, 1936-1939)
Emeterio Diez Puertas
Laertes, Colección Kaplan, 58. Barcelona 2020
270 págs. Rústica 23×15,5 cm
ISBN 9788416783939
19.50€
agência de notícias anarquistas-ana
Na cidade, a lua:
a jóia branca que bóia
na lama da rua.
Guilherme de Almeida
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!
Não entendi uma coisa: hoje ele tá preso?