Um novo começo. Incansavelmente. Manifestação, barricada, tumulto, greve. Gás lacrimogêneo, balas de borracha e granadas ofensivas. Milhares de processos, centenas na prisão. Quando esta civilização está em suas últimas forças, todos irão se lembrar desses dias, semanas e meses. Não importa qual será o resultado. Black Rock ou nós. Não há meio-termo. As leis do capital ou um mundo feito por pessoas para pessoas. Macron cairá, de um jeito ou de outro. Mas as circunstâncias de sua queda irão determinar o curso da história.
Há 16 meses, um avanço revolucionário começou na França. Centenas de milhares de pessoas chegaram ao auge de nossos tempos para resistir à desumanidade de um sistema que parece ainda se fascinar mesmo quando entra em colapso.
“Ele beijou tantas vezes e em vão para a primavera enganosa.
…baixou os braços, com que frequência! …para envolvê-los em seu pescoço,
bem no meio da inundação e não pode se agarrar nessa inundação,
Não sei o que ele está olhando, mas o que ele está olhando é o que faz ele queimar.” [d.Ü.]
Vamos deixar claro, o futuro será fascista ou revolucionário. Capitalismo está apertando seu controle sobre as pessoas para gerar mais e mais lucro a curto prazo às custas da nossa vida e do nosso planeta.
Como as metrópoles do mundo estão se tornando Gotham City, cheias de políticos corruptos, policiais corruptos e vendedores de promessas vazias, a natureza está queimando, as espécies estão morrendo, o solo e o ar estão ficando cada vez mais contaminados, e o futuro que deixamos para nossos filhos será simplesmente inabitável se permitirmos que isso aconteça.
É hora de um ponto de virada histórico. Não queremos um futuro determinado por rentabilidade e opressão. É hora de revidar com toda nossa força, virar a mesa e fazer um encontro impressionante. É por isso que chamamos todos os rebeldes do mundo, todos aqueles que querem que as coisas mudem, os “coletes amarelos”, os “coletes negros”, os ambientalistas, os velhos, os jovens, os sindicalistas, os desempregados, os que estão em trabalhos precários, os deficientes, as mulheres, os homens, os transgêneros, os gays, as lésbicas… para fazer do 14 de março um evento único e poderoso.
Um chamado nacional foi publicado para este dia e uma reunião foi convocada nos Champs Élysées. Lá, a poucos passos do palácio presidencial, devemos nos fazer ouvir, desafiar as autoridades juntos, unir nossas forças ali mesmo e não desperdiçá-las em uma rota de passeata que foi acordada com a polícia.
Estes são tempos históricos, e eles podem ser os piores bem como os mais bonitos. Mas isso só será possível se nós colocarmos toda nossa coragem e determinação nisso. E, acima de tudo, apenas se todos nós fizermos isso juntos.
Um dia antes das eleições locais e em um momento vergonhoso de negação da democracia, pela previdência, por nossa solidariedade, contra um sistema destrutivo que não escuta nada, mostraremos que as urnas estão nas ruas!
>> Texto em inglês: http://shorturl.at/boBDO
>> Texto em alemão: http://shorturl.at/gGKL8
Tradução > Brulego
agência de notícias anarquistas-ana
caminho de terra,
o mato à margem exala
perfumes silvestres
Zemaria Pinto
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!