O roteiro do documentário “A Nos Corps Defendants” (título em português “Contra a nossa vontade”) foi cancelado devido à situação de confinamento, mas, tendo em consideração a violência racista que está aumentando contra os habitantes de bairros operários, com a desculpa do reforço do confinamento, parece-nos essencial tornar este filme público enquanto toda a gente está em casa e poderá assistir. Poderá, agora, vê-lo online.
O filme não conta uma história. É antes uma aproximação radical e sensível à violência física e psicológica infligida pela polícia aos habitantes dos bairros da classe operária. As histórias acontecem na França, nos últimos 20 anos, a era pós-Sarkozy, e são contadas pelas próprias pessoas implicadas: sem sociólogos, nem historiadores, nem jornalistas, ou contadores de histórias. Apenas as palavras daquelas pessoas que querem silenciadas: Wassil Kraiker e seus pais Zohra e Abdelaziz, pessoas jovens como Argenteuil, Amine Mansouri e seu pai Moustapha, Ali Alexis e sua mulher, Ramata Dieng e Farid El Yamni…
Aborda o tema da dominação, ou como o Estado lida com corpos migrantes como forma de serem melhor controlados. É sobre racismo, tortura e a luta vital pela verdade. As pessoas que protagonizam o filme não escolheram, um dia, tornarem-se visíveis, mas foi a violência sistêmica que as tornou lutadoras, cujos corpos defendem.
Sobre o diretor
IanB é o membro fundador de um coletivo que luta contra a violência do Estado, desde 2012, Disarm them! – (Tirem-lhes as armas). Este filme foi pensado como forma de fechar um capítulo na sua batalha pessoal, uma declaração de guerra e também uma mensagem descomprometida para aquelas pessoas que ainda se atrevem a negar a natureza sistêmica da violência policial.
Duração: 90 min | Ano: 2019 | Dirigido por IanB
Para ver o filme (Francês, com legendas em Inglês que pode ativar na barra do YouTube). Veja o filme no link:
https://www.youtube.com/watch?v=zrHcc_rPacE&feature=youtu.be
Tradução > Ophelia
agência de notícias anarquistas-ana
Apenas um gesto
e o homem é capaz de vida –
reparto o caqui.
Anibal Beça
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!