A comunidade internacional está em estado de emergência devido à pandemia. Mas o mesmo não se aplica ao capitalismo, que, nos tempos sombrios que vivemos, ainda encontra as ferramentas para reproduzir e acumular excessivamente capital, usurpando com mais intensidade a força de trabalho coletiva. Centenas de empresas podem ter fechado devido ao estado de medidas de prevenção de emergência para impedir a propagação do vírus, mas isso não interrompeu o fluxo de suas produções. A arma dos chefes contra a intensidade da emergência é chamada de e-shopping, com os funcionários sendo uma força consumível para economizar lucros.
Nesta conjuntura, o papel principal é desempenhado pelos entregadores, uma indústria já degradada que enfrenta riscos constantes (acidentes de trabalho, intensificação das condições de trabalho, etc.). O fechamento das lojas e a demanda por seus serviços via e-shopping, de fato, impõe aos entregadores arcar com todo o fardo de carregar a indústria nas costas. Dezenas de reclamações indicam o aumento dos lucros das empresas de entrega durante esse período; e a intensidade da exploração de classe à medida que o volume de trabalho que elas são forçadas a lidar é multiplicado, pois não recebem nenhuma medida individual de cuidado ou proteção higiênica.
Os funcionários de entregas agora estão sendo chantageados para resgatar seus chefes. Eles estão constantemente expostos à possibilidade de adoecer pois entram em contato com centenas de pessoas todos os dias, sem receber nenhuma medida de proteção. Eles são chamados a aumentar as horas de trabalho e a velocidade de entrega, resultando na multiplicação da exposição a possíveis acidentes de trabalho. Eles são o único fator estrutural que contribui para o aumento dos lucros de seus chefes, enquanto seus salários permanecem baixos e são forçados a pagar por seus próprios equipamentos de proteção e manutenção de seus veículos.
Durante esse período, quando as medidas de prevenção e repressão levam a dezenas de pessoas pertencentes a grupos vulneráveis a serem ainda mais excluídas, os entregadores dão suporte para aqueles que não podem viajar para atender às suas necessidades básicas. Essa situação, no entanto, está rapidamente se tornando um bem consumível para economizar os lucros dos chefes. E a responsabilidade não está apenas nas mãos do Estado e dos capitalistas. Pertence também a cada um de nós, que, com base na solidariedade social e na consciência de classe, devemos priorizar nossas necessidades e não contribuir para a intensificação da situação precária dos trabalhadores.
A exploração de classe terá um custo
Contra a intensificação da exploração de classe, reivindicamos total responsabilidade pela ação a seguir. Na noite de domingo, 5 de abril, ateamos fogo a uma van Speedex e uma van ACS, em frente às filiais das empresas na rua Agiou Dimitriou, em Tessalônica. Estamos quebrando a proibição e, na prática, apoiando a luta diária dos trabalhadores de entrega para atender às necessidades sociais. Uma luta na qual eles não são apenas expostos à morte pelo Estado e pelos chefes, mas também à falta de consciência de classe de um setor da sociedade que ignora a posição em que ela mesmo se encontra. Exigimos que o trabalho das empresas de entrega seja interrompido imediatamente, mantendo uma força de trabalho segura que possa realmente servir grupos vulneráveis. Porque se vocês não fecharem, nós iremos fechá-los para vocês.
Ninguém sozinho contra a violência de classe e a exploração pelos lucros dos patrões.
Frente dos Núcleos de Base Solidariedade-Proletária de Classe
Fonte: https://athens.indymedia.org/post/1604357/
Tradução > A. Padalecki
agência de notícias anarquistas-ana
Sobre o sino,
Pousada dormita
A borboleta.
Buson
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!