Por uma solidariedade sem fronteiras – Contra o capitalismo, o racismo e o patriarcado!
A pandemia terá um forte impacto em nossas atividades no dia 1º de maio. No entanto, não deixaremos o Estado ditar como será o nosso protesto. Levamos a sério o perigo de infecção do Coronavírus e queremos tornar nossas ações o mais seguras possível para proteger a nós e aos outros. Estamos atualmente discutindo a implementação exata de uma ação comunitária e coletiva no dia 1º de maio, tanto dentro da coalizão como com muitas outras organizações. Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para agradecer as muitas sugestões e feedbacks construtivos de várias organizações e indivíduos. Elas nos ajudam a fazer uma melhor avaliação. Na segunda-feira, 27 de abril, nós, da Coalizão, apresentaremos nosso plano para a noite de 1º de maio em Berlim.
Independentemente do tipo de protesto que haverá na noite de 1º de maio, convocamos uma ação descentralizada nos dias 30 de abril e 1º de maio. Há razões mais do que suficientes para isso. A guerra da Turquia contra Rojava continua e empresas de armas alemãs como a Rheinmetall e a Krauss-Maffei Wegmann continuam a produzir equipamentos de guerra. Na crise do Corona, o racismo, o isolamento e a exploração se intensificam. A situação no campo de refugiadas e refugiados de Moria, em Lesbos, é catastrófica, quase não há água potável e comida e não há acesso a assistência médica. Enquanto são fretados aviões para as trabalhadoras na lavoura para colheita de aspargos e dezenas de milhares de turistas alemãs são trazidas para casa, o estado alemão deixa as refugiadas nos campos gregos à sua sorte.
A crise da Corona está atualmente afetando especialmente refugiadas, desabrigadas e prisioneiras. Nas prisões, as pessoas não conseguem se proteger do vírus, a proibição de visitas e a redução do tempo ao ar livre agravam o já estressante dia a dia na prisão. Enquanto hotéis e apartamentos de férias estão vazios, pessoas em abrigos para refugiadas e desabrigados têm que morar juntas nos menores espaços. Para as mulheres, o perigo da violência patriarcal aumenta devido às restrições de acesso e contato, mas não há vagas em abrigos para mulheres. Há espaço suficiente para todas, só temos que tomá-los!
Em Berlim, numerosos projetos de esquerda continuam ameaçados. A data da audiência para o despejo do projeto anarca-queer-feminista Liebig34 em 30 de abril de 2020 ainda não foi cancelada. Portanto, devemos também manter nossa resistência contra o despejo do Liebig34: venha no dia 30 de Abril às 9h30 para protestar no Tribunal Regional de Moabit! Em 30 de abril e durante a Noite de Santa Valburga, ocorrerão ações solidárias ao Liebig34 e a todos os outros projetos de esquerda ameaçados, como o Syndikat, Meutereie Potse. Estamos lutando contra a loucura dos aluguéis, contra despejos forçados e contra grandes projetos como a Torre Amazônica em Friedrichshain, que é mais uma forma de gentrificação dos bairros do interior das cidades. Estaremos ativas contra a cidade dos ricos!
Anos de medidas de austeridade, privatização e orientação ao lucro no setor de saúde levaram a uma escassez de 100 mil enfermeiras nos hospitais e as condições de trabalho já eram insuportáveis antes do Coronavírus devido a horas extras, falta de pausas, estresse e excesso de trabalho. Trabalhos de cuidado como enfermagem, cuidado infantil ou limpeza ainda são, em grande parte, feitos por mulheres mal ou não remuneradas nas sociedades patriarcais.
Nos dias 30 de abril e 1º de maio, vamos unir nossas lutas por uma sociedade solidária sem capitalismo, racismo e patriarcado! Levar o protesto aos responsáveis pela isolação contra os refugiados, aos atores dos desalojamentos e despejos, e aos beneficiados da exploração capitalista. Sejamos criativos e pensemos em onde e como queremos agir. Além de ações por organizações e associações, também estamos felizes em ter palavras de ordem, cartazes, murais e faixas pela cidade. Certifique-se de manter uma distância mínima, use luvas e use um disfarce. Documente suas ações e envie-nos fotos para que possamos distribuí-las coletivamente. Se você postar, use a hashtag #R1MB e, dependendo do tópico, use hashtags específicos como #LeaveNoOneBehind, #shutdowncapitalism, #CareRevolution, #WirBleibenAlle, #AllenEin Zuhause, #GegenStadtDerReichen e #liebigstays.
Coalizão Revolucionária Mayday Berlim
Twitter: @Rev1MayBerlin #R1MB
Tradução > Otchobi
agência de notícias anarquistas-ana
Vento.
A folha cai no chão
outras mais virão
Renata
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!