Independente de como você conta a história do Primeiro de Maio, uma coisa é constante: é um momento em que pessoas se reúnem, marcham nas ruas ou comemoram uma nova primavera. Embora a maioria de nós esteja aproveitando o clima mais quente, Nós estamos majoritariamente presos em nossas casas. Lendo as notícias, tentando descobrir a coisa certa a se fazer, assistindo o 1º de Maio se aproximando devagar e vendo como será esse ano se nós não pudermos tomar o centro da cidade e comemorar o Primeiro de Maio como o conhecemos: uma celebração do anticapitalismo.
A vida é uma história em evolução, uma paisagem em constante mudança. Nós sempre tivemos que adaptar e mudar nossas táticas para novas realidades conforme elas surgem. Isso não é diferente. O contexto no qual nos encontramos é afetado pelo coronavírus e pelas ações repressivas tomadas pelos Estado em torno dele, mas a necessidade de resistência é ainda muito presente.
Mesmo que não possamos nos reunir, ainda existem formas de marcar o dia, de nos sentir parte de um todo maior que sempre homenageou a primavera, sempre resistiu aos opressores e sempre carregou um mundo novo em seus corações.
A ação direta descentralizada é uma habilidade que já temos, e pode ser realizada em pequenos grupos, o que é conveniente quando a pandemia torna razoável reduzir o número de pessoas que estamos próximos. Propomos uma janela de duas semanas centrada no 1º de Maio para sair e atacar o capitalismo – pichar, quebrar coisas, algo libertador, use a sua imaginação. Também estamos animados para as ações comemorativas que honram a história de resistência e a terra. Ou ambas.
Existem oportunidades em todas as crises. Para nós e para as forças a que nos opomos. É uma nova e deliciosa realidade que não questiona quando você é apenas alguém que sai para uma corrida noturna com uma máscara e capuz pelas ruas vazias. E saindo do movimento de solidariedade de Wet’suwet’en [luta contra a construção de gasoduto em território indígena], existe muita resistência para comemorar, assim como novas habilidades e contatos a se construir.
O contexto também lança uma nova luz sobre velhas formas de dominação: fronteiras se tornam mais fortes, a polícia ganha novos poderes para gerenciar pequenos detalhes de nossas vidas, empresas de tecnologia e telecomunicações participam animadas de um rastreamento cada vez maior (para nossa saúde), os patrões se alegram quando seus trabalhadores com baixos salários são designados ao “básico” permitindo-lhes lucrar com a crise, credores (como bancos e adiantamento salarial) vendem às pessoas desesperadas novas formas de dívida, e o Estado coloca a si mesmo como o único ator legítimo.
Por isso, convidamos você a reunir alguns amigos, aproveitar a noite e comemorar os fogos que queimam dentro de nós. Compartilhe suas histórias nos sites como North Shore Counter-Info, Montreal Counter-Info, e It’s Going Down, para que todos lembremos que, quando nós resistimos, nunca estamos sozinhos.
Tradução > Brulego
agência de notícias anarquistas-ana
o crisântemo amarelo
sob a luz da lanterna de mão
perde sua cor
Buson
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!