“Uma sociedade que obedecer à legislação porque é imposta pela academia e não por seu caráter racional, será uma sociedade de brutos e idiotas” – M. Bakunin
Diante deste vírus, tornado um perigo direto para a saúde pública, e especialmente para os grupos mais vulneráveis como os anarquistas, decidimos, com racionalidade e atenção, desistir de desenvolver e organizar nosso tradicional Primeiro de Maio.
Fazemos com muito pesar, mas cremos que essa é a escolha certa. O Primeiro de Maio é para os trabalhadores e é movido, precisamente, pelo respeito e solidariedade com os que gastaram grande energia trabalhando e perdendo a vida em hospitais na tentativa de conter o agressivo Covid-19. Por esse respeito que tomamos tal decisão.
Esses trabalhadores se empenharam, com sua força e engenhosidade, em compensar o déficit de uma saúde pública reduzida e de fraudados recursos humanos e econômicos, favorecendo, assim, a saúde privada, em que o lucro prevalece sobre o ser humano.
Desistimos por respeito e gratidão a esses trabalhadores, e a todos os demais trabalhadores, que sofrem as terríveis consequências de uma empresa em que a vida de todos tem muito pouco valor em comparação com o lucro de alguns, para não criar a menor chance de frustração do sacrifício de seus empregados.
Agora, mais do que nunca, acreditamos na necessidade do sinal da luta e esperamos que esse horror acabe em breve sem, no entanto, mudar nossos relacionamentos humanos. Esse medo do outro não supera nossa solidariedade, irmandade e sociabilidade: condições essas que acreditamos serem essenciais para os indivíduos terem esperança de uma sociedade melhor em seus corações.
Continuaremos lutando, ininterruptamente, contra o capital e contra os governantes, tendo sempre como objetivo a completa emancipação econômica, política e moral dos explorados.
Esse dia de Maio é um dia de luta junto aos trabalhadores da saúde e demais setores envolvidos, como sempre sabe-se: “trabalhadores entre trabalhadores”.
Convidamos todos os cidadãos a encher a cidade com flores vermelhas, simbolizando o desejo de renascimento da nova humanidade e da luta social,
Viva o Primeiro de Maio Anarquista!
Gruppo Anarchico Germinal FAI Carrara
Tradução > Ana Fernandes
agência de notícias anarquistas-ana
A chuva tardia
deixou perfumes de terra
nas ruas molhadas.
Humberto del Maestro
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!