Dia 35 – Uma volta pelo centro de Freiburg
Logo ao acordar fomos conversar com o Manuel mais um pouco. Ele explicou que ali onde está o projekt, as chamadas “Susi Houses”, moravam até a década de 1980 soldados franceses, por conta da guerra fria. O bairro foi construído pra esse fim, planejado por um arquiteto chamado Vauban, daí o bairro chamar Vauban. Fomos com Manuel até um mercado orgânico bem perto – minha mãe ia gostar – e na volta ele nos mostrou também um bar dentro do projekt que servia pra festas, shows, arrecadar uma grana etc. Nesse rolê vimos também um adesivo dos ultras do Fortuna Köln[1] contra o racismo.
Chegando de volta a casa, Manuel sentou do lado de fora com um cara que é ex-goleiro do Kampfende Herzen. Trocamos uma idéia com ele e Manuel nos mostrou lugares pra conhecer na cidade, usando um mapa: uma loja de segunda mão, outra de discos, um lugar pra comer falafel, onde imprimir nossos cartões de embarque e um morro de cima do qual dava pra ter um visão legal da cidade. Ele disse que se fosse pra eu morar na Alemanha que devia ser em Freiburg, porque lá é pequeno mas tem bastante coisa interessante, um sentido comunitário legal. Antes dele, do Patrick e da Sabrina – além das cachorras, que a essa altura já tinham ido passear duas vezes – irem embora de carro em direção à Bristol, levando parte das nossas coisas que não caberiam na mala pro vôo da EasyJet[2], ainda descobrimos que o ônibus pro aeroporto iria custar a fortuna de 23 euros. Que merda.
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Dia 34 – Outro lago e jogamos pelo Kampfende Herzen
Acordei com o tornozelo bem melhor. Patrick, Sabrina e o pessoal de Hamburgo iam pra um lago, e nos convidaram pra ir junto. Freiburg tem, como todas as outras cidades alemãs que visitamos, muitas ciclovias e bicicletas. Percebemos isso ao sair de carro pra ir pro lago, um dos muitos que existem nas bordas da cidade. Meia hora de carro e estávamos em meio às famílias alemãs na sua versão de praia. Bastante sol, mergulha, seca no sol, esquenta, mergulha de novo. Ficamos lá umas duas horas, com fome, e a maioria dos lanches trazidos tinham carne. Saímos e ao chegar de volta ao projekt encontramos Manuel tomando uma cervejinha, grande Manuel.
Depois de mais um almoço coletivo, Manuel deu uma volta conosco pelo projetk e explicou mais da história. Era uma área, além das casas, ocupada por motorhomes. Aos poucos o governo alemão “desalojou” todas as áreas desse tipo, mas essa resistiu e agora os motorhomes eram homes mesmo, sem sair mais do lugar. Vários ex-jogadores e jogadoras do Kampfende Herzen[1] moram ali.
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Dia 33 – De Lausanne a Freiburg
Mais um dia acordando com a Lou rindo pra mim. Fiz dois litros de café (hehe) e ofereci pra todo mundo. O Jonathan veio se despedir porque a gente ia dar um último rolê no centro e nos deu um chocolate pra viagem. Gente boa demais, precisamos voltar pra cá só pra vê-lo, se for o caso.
Saímos pra dar uma última olhada no centro de Lausanne, e também ver a vista lá de cima da catedral onde fomos na outra noite. No caminho até o centro, muitas bandeiras de Portugal. Descemos na parada Boston de novo e andamos pelas ruelas históricas. Dessa vez tava rolando uma feira de rua, onde comi um strudel delicioso. Feira cara pra cacete como tudo na Suíça: 5,80 francos uma caixa de morango, cerca de 12 reais o quilo do tomate. Nessa feira ainda vimos algumas ciganas pedindo grana na rua, vários artistas de rua, com destaque para uma violinista e um acordeonista (é assim que escreve?). Vai rolar até um festival de artistas de rua. Enquanto isso em Tucanolândia[1]…
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vem rolando pela folha –
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!