Quinta-feira, 18 de junho, 18h30, Monastiraki, Atenas
A falta de medidas de saúde preexistentes, mas principalmente a recusa do Estado em tomar medidas para proteger os prisioneiros e prisioneiras, foi um claro exemplo da concepção fascista da política do governo grego, do valor insignificante da vida humana deslocada que lhe atribui.
NENHUMA AÇÃO DISCIPLINAR CONTRA PRISIONEIRAS REVOLTADAS DE TEBAS
NENHUM REGIME DE EXCEÇÃO
NENHUMA AÇÃO DISCIPLINAR NA PRISÃO DE DOMOKOS OU NOUTRO LOCAL
>> Recomendamos o uso de meios de autoproteção, tudo o que todos considerem necessário, como mais uma maneira de expressar a nossa solidariedade.
Assembleia aberta para organizar uma marcha de solidariedade com o invisível deste mundo
AO LADO DO INVISÍVEL DESTE MUNDO
Solidariedade com os prisioneiros revoltados de Tebas e nas lutas dos prisioneiros pela proteção contra a Covid-19
Ao lado do invisível deste mundo | O único inimigo visível é o Estado e o capitalismo
COM O INVISÍVEL DESTE MUNDO
Faz apenas alguns meses desde que a eclosão da pandemia e o mundo que conhecíamos parecem estar a mudar de cima à baixo, com o lado inferior a experimentar a maior e mais violenta desvalorização, para que a superior ressurja – a partir desta crise – tanto quanto ficará mais intacta. É claro que a repressão da crise capitalista será paga novamente pelos oprimidos e explorados. A escalada da pandemia destacou as contradições estruturais do mundo capitalista e o seu desrespeito constitucional pela vida humana. Ela destacou a desvalorização sistemática da saúde pública como despesa desnecessária para o Estado, mas também, como importante área de investimento para o capital privado e o consequente afastamento dos classicamente carentes de uma das mais importantes necessidades sociais. Assim, a saúde, entre muitos outros, está se tornando cada vez mais um privilégio de classe dos poderosos, que podem ser tratados em condições médicas decentes. O resto que fique deixado à sua sorte.
A maior mentira deste período é que estamos todos em igualdade contra esta pandemia. Nenhuma pessoa pobre tem o mesmo acesso a serviços de saúde e medicamentos, as mesmas oportunidades para ter uma boa nutrição e um forte sistema imunológico, as mesmas oportunidades para uma exposição mínima ao risco, em sincronização com os ricos. Afinal, trata-se do pobre homem que, se não for um prisioneiro ou um imigrante detido, estará entre os que foram forçados a trabalhar em galés medievais ou que se juntaram aos exércitos de desempregados que já existiam. São esses estratos sociais que foram os mais atingidos pela pandemia de coronavírus em todo o mundo, como mostram os milhares de mortos no norte industrial da Itália, as valas comuns dos pobres nos Estados Unidos e a disseminação do vírus para os africanos dos guetos – tal como os latino-americanos mortos em caixas de papelão ou a queimar os corpos de seus parentes na rua.
A gestão da pandemia provou na prática e na maior parte das zonas sociais que a defesa do valor da vida humana é um mito para o Estado e os seus custos variam, dependendo apenas da posição da pessoa na pirâmide de classe social.
Prisões, centros de detenção, centros de detenção para migrantes e refugiados sempre foram armazéns de última geração e guetos informais sem direitos substanciais. Com o surto da pandemia, prisioneiros e migrantes foram os mais expostos ao vírus assassino, pois em condições de superpopulação eles não conseguiram proteger sua saúde e serem transportados diretamente para um hospital em caso de doença. De qualquer forma, na posição mais difícil da pirâmide social, aceitando as formas mais severas de exploração e repressão, com possibilidades mínimas e com vozes limitadas de apoio e solidariedade. Numa época em que a administração de extrema direita dos refugiados pelo governo do partido da Nova Democracia da Grécia, está criando um clima de canibalismo.
Reunião de solidariedade com prisioneiros, fugitivos e militantes perseguidos, Atenas
Tradução > Liberdade à Solta
agência de notícias anarquistas-ana
Cerejeira silvestre –
Sobre o regato se move
Uma roda d’água.
Kawai Chigetsu
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!