Relato do Filler Collective sobre a defesa comunitária do bairro e livraria após skinheads neonazistas realizarem comício “Anti-Antifa”.
Por volta das 06h30, os fascistas se dividiram em grupos menores e colocaram folhetos de propaganda pelo bairro. Antifascistas locais monitoraram a situação, seguindo os fascistas à distância e filmando suas atividades.
Por volta das 06h45, um fascista teria agredido alguém que estava documentando suas atividades fora do Silky’s Bar na Liberty Ave.
Por volta das 06h45, a polícia chegou ao local do lado de fora do Silky’s Bar. A polícia e vários outros separaram os fascistas dos locais, e dois oficiais falaram brevemente com dois dos neonazistas. Poucos minutos depois, a polícia e os nazistas apertaram as mãos e seguiram caminhos separados.
Poucas quadras a frente, outro grupo dissidente de quatro nazistas começou a insultar 10 anti-fascistas locais e outros residentes do lado de fora do Lou’s Corner Bar. Como mostra um vídeo, os nazistas foram até o veículo estacionado. Um deles puxou uma pistola do banco de trás, engatilhou uma bala e ameaçou as pessoas que o filmavam. Os neonazistas foram embora logo depois.
O atirador pode ser o membro do Keystone United (KU), Josh Martin, embora isso não esteja confirmado.
Pittsburgh não é estranha à violência do movimento fascista. O trágico ataque à Sinagoga Tree of Life (Árvore da Vida) em outubro de 2018 ainda está fresco em nossas memórias. Em 2009, um supremacista branco chamado Richard Poplawski chegou à primeira página dos jornais por assassinar três policiais de Pittsburgh (vale a pena notar que os assassinatos de Paul Palmer e Lamar W. Smith no início do mesmo ano foram completamente ignorados pela mídia).
Em julho de 2018, a última vez que o Keystone United se reuniu em Pittsburgh, seis membros da quadrilha foram presos por seu ataque racial a Paul Morris, em Avalon.
Keystone United não é bem-vindo em Pittsburgh; East Enders provou isso no sábado. Grupos fascistas como KU tornaram-se encorajados pela crescente agitação nacional. Antifacistas de Pittsburgh retornaram essa ousadia de maneira similar. Embora muitos anti-racistas locais estivessem participando dos protestos do Black Lives Matter em outras partes da cidade, os Pittsburghers permaneceram vigilantes e comunicativos. Muitas organizações e indivíduos anti-racistas diferentes se uniram e ajudaram a mobilizar o bairro para interromper com sucesso o piquete neo-nazista.
Continuaremos a confrontá-los por todos os meios necessários, e nossos bairros continuarão a reagir. O ódio não tem lugar aqui.
O Keystone United pode ter se retirado por enquanto, mas é provável que eles permaneçam com seus contatos locais e permaneçam na cidade durante o fim de semana. Então, por favor, fiquem em segurança. Permaneça com uma equipe se você planeja sair nas ruas.
Se você acha que viu um grupo de nazistas e deseja alertar a comunidade, lembre-se do acrônimo “SALUTE”.
Certifique-se de vir preparado se pretende documentar as atividades deles ou intervir em ataques racistas / sexistas / homofóbicos / transfóbicos. Sempre proteja sua identidade: traga uma máscara, cubra suas tatuagens, troque de roupa. Ao sair de um encontro, lembre-se de fazer três turnos para verificar se está sendo seguido; você não quer que eles saibam onde você mora ou que tipo de carro você dirige. Se você não pode arriscar um confronto, talvez possa ajudar na coordenação de comunicações, transporte, providenciar refúgios, cuidar de crianças / animais de estimação, alertar seus vizinhos… o antifascismo é um esforço da comunidade!
Lembre-se: Antifa não é uma organização à qual você possa ingressar. O antifascismo é uma posição de autodefesa da comunidade; é algo que você faz. Vamos tomar medidas para proteger a nós mesmos, nossos amigos e vizinhos.
Fonte: https://itsgoingdown.org/pittsburgh-pa-anti-fascists-confront-armed-nazis-in-bloomfield/
Tradução > A. Padalecki
agência de notícias anarquistas-ana
Adoecendo durante a viagem,
Meus sonhos vagueiam
Pelos campos secos
Bashô
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!