Quando emerge o Estado moderno, não só se falou de uma sociedade desenvolvida – ou antes o que viria posteriormente —, mas de uma nova forma de controle social: disciplinas sociais escolhidas como um sistema de reforço reacionário.
Fazer ciência não é só investigar para si, mas que para a classe dominante, que por sua vez era quem a financiava. Isto se expressou com cruel clareza no desenvolvimento colonialista da África e América e no marco das teorias racistas que sustentaram sistemas nazifascistas. Portanto, ante qualquer eventualidade que trate de atentar contra sua maquinaria, esta era posta em dúvida, por não dizer, deixada de lado de seus gendarmes intelectuais.
Assim foi escrito, inclusive conseguindo evidenciar que o regime patriarcal capitalista abarcava todo o espaço investigativo excluindo as mulheres, dissidências e, sobretudo as comunidades indígenas e racializadas que, sob o pretexto do tão aclamado desenvolvimento, exterminaram comunidades inteiras de um território, e com isso um modelo de organização alternativo e revolucionário tanto no habitat, na linguagem, no conhecimento corporal e espiritual, e ante qualquer sistema de percepção comunitária, de gênero, de raça e classe, como formas contra-hegemônicas.
Nessa ordem, a educação hierárquica é sua máxima expressão de ordenamento social, cultural, político e de gênero, materializado em suas instituições educativas configuradas como máquinas ideológicas de segregação. Aí é onde seu braço armado arrasa, e corta pela raiz toda tentativa de contestação e reclamação própria de um território que foi expropriado para benefício da engrenagem produtora de conhecimento hegemônico.
Ditas tentativas de reclamação são necessárias ante o que fazer político e que nos tem ao arbítrio de uma evidente luta para recuperar a terra, o espaço, e o território que é de quem o trabalha, cuida e protege.
Grupo Antirracista/Anticolonial
Fonte: https://lapeste.org/2020/05/el-extractivismo-epistemologico-legitima-el-dominio-colonial/
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Ventos nos umbrais
janelas antigas,
modernos varais.
Sandra Maria de Sousa Pereira
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!