COMUNICADO PÚBLICO:
Segunda-feira, 13 de julho de 2020.
Dada a greve de fome que 20 Presos Políticos Mapuche realizam nos cárceres de Angol, Temuco e Lebu, nós signatários, declaramos o seguinte:
1.- A crise sanitária que vive o planeta, e particularmente nosso país, evidenciou ainda mais a desigualdade, a pobreza e a vulnerabilidade de nossos direitos essenciais.
2.- Respaldamos e saudamos a valente determinação desenvolvida pelos 20 Presos Políticos Mapuche, e exigimos a pronta aplicação do Convênio 169 da OIT sobre povos indígenas e tribais, especificamente de seus artigos 7, 8, 9 e 10 para que sejam transladados a cumprir suas condenações e/ou prisões preventivas em seus domicílios e comunidades. O anterior se justifica pela existência de argumentos jurídicos e políticos que não deveriam em absoluto dificultar sua aplicação, enfatizando que uma vez que o Convênio é assinado e ratificado pelo estado chileno, deve ser posto em prática no mais breve prazo.
3.- A crescente taxa de contágios de Covid-19 dentro dos recintos penitenciários põe em perigo as vidas dos presos e presas que vivem em constante aglomeração. Chamamos o governo para que cumpra seu papel inalienável de garantidor dos direitos dos povos indígenas, respeitando-os em sua integridade, e reconhecendo-os plenamente como sujeitos de direito.
4.- Qualquer deterioração na saúde que possa levar à morte de algum de nossos irmãos mapuche será de única e exclusiva responsabilidade do Estado e do governo em exercício. Um desenlace assim será uma nova motivação para uma Segunda Explosão Social.
5.- Mudança de medidas cautelares e/ou liberdade imediata de todos os Presos Políticos Mapuche e dos presos políticos imputados pela atuação estatal por causa da Explosão Social.
6.- Fazemos um chamado a nos mobilizarmos e visibilizar as demandas de nossos irmãos mapuche em uma jornada de agitação e propaganda para os dias 17 e 18 de julho em todos os territórios do país. (Utilizar #PPMhuelgadehambreOIT169)
7.- Finalmente, exigimos a desmilitarização da Wallmapu [nação mapuche], o cessar de toda medida surgida desde o aparato estatal que atenta contra as comunidades em resistência, e a expulsão das empresas extrativistas que trouxeram consigo pobreza, marginalidade e morte no território.
Sabemos que unicamente a unidade trará consigo o triunfo dos explorados, e que as milhares de bandeiras mapuche erguidas desde outubro do ano passado ratificarão nosso compromisso com o Povo Mapuche e com todos os povos originários que se encontram, até o dia de hoje, na luta pela reivindicação e reconhecimento efetivo.
#PPMhuelgadehambreOIT169
Assinam: – Hinchada Mapuche Antifascista – Agrupación Sangre Altiva – Aukan Palife – Escuelita Cacique Juan Pañinao – Asosiación Indígena Newen Wakolda – Grupo de Acopio Solidario – Wewaiñ – Espacio liberado Millalemu – Los Chamacos GB – Comité de apoyo a las luchas del povo – Club atlético Pulkoche – Coordinadora por la Libertad dos Prisionerxs Políticos 18 de Octubre – Antifascistas da Garra Blanca – Primera Linea Femenina – Movimiento Centenario Popular – Colectivo Antonio Ramón Ramón – Grupo de propaganda revolucionaria “La Ruptura” – Resistencia Pudahuel Sur – Colectivo Musical La Furia – Verdemencia SW – Hermano Mío Taller – Kinta Krew – Antifas Talagante – Villa Francia Combativa – Olla Común “Macarena Valdés” – Escuela Antifa Cristian Valdebenito – Asamblea Popular 18 de Octubre – Brigada NO+B$N – Peñialbos – Banda Pukutriñuke – Banda Arauko Rock – Comunidades Organizadas Peña Alto (COPA) – Radio Winkül – Campamento Nueva La Habana – Espacio Kütral – Trawün Peña Alto – Asamblea Peñalolen Alto.
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Corpos juntos
à volta da fogueira
contam segredos
Eugénia Tabosa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!