
A Anarquia Relacional é uma proposta política de estilo de vida. Propõe aplicar os princípios do anarquismo social e das relações. As revoluções clássicas e suas epopeias de assaltar os palácios para transformar o mundo soam cada vez mais longínquas. No entanto, através da forma em que nos relacionamos dia a dia, de nosso modo de vida em comum em pequena escala, talvez ainda seja possível mudar as coisas. Construindo desde baixo redes de afetos e maneiras de nos cuidarmos, convivendo com os que nos acompanham de acordo com os mesmos ideais com os quais gostaríamos que se organizem as sociedades, superando a normatividade, as estruturas de poder de autoridades herdadas e os mecanismos de controle estereotipados.
O livro examina as origens desta proposta de relações não normativas, que aparece no ano de 2006 na Suécia, desenvolve seus fundamentos anarquistas, utópicos e transformadores, sua leitura desde a investigação acadêmica, desde diferentes coletivos, as interpretações que suscitou desde a sociologia, a antropologia, o ativismo político, o feminismo, a teoria queer, as não monogamias (como o amor livre, as relações abertas, o poliamor, etc). Delimita o alcance da proposta. Situa a anarquia relacional em relação ao pensamento político, filosófico, feminista, social, biológico, moral, religioso, do direito e da identidade.
A partir da análise da concepção hegemônica das relações, de quais são suas consequências e como superá-las, detalham-se as fórmulas para o trânsito desde a normatividade relacional à autogestão, desde o vínculo como identidade à conexão baseada na sensibilidade, e da formação de bolhas familiares a outros modelos de vida, convivência e cuidados no seio de relações sem autoridade, sustentáveis e com uma projeção de apoio coletivo em rede.
O texto analisa as claves éticas que afetam as estruturas de poder, privilégio e opressão, o gênero, a liberdade, o individualismo, a equidade, a desconstrução da ideologia de casal, do pensamento monogâmico patriarcal, as expectativas, o desejo, os limites, a comunicação, os ciúmes, as relações sustentáveis… E percorre as formas de ativismo relacional que se dão em todo o mundo, quais coletivos existem, suas histórias, o quê fazem, como e por quê.
Finalmente, se pergunta de que modo aterrizar na vida real todas estas ideias e reflexões, examinando cada uma das implicações sobre os vínculos, no cotidiano, de questões como os privilégios, as expectativas, a escassez, a carência, a necessidade de reconhecimento, de delimitação, a negociação, os compromissos e os limites, a comunicação, a confiança e as dificuldades a superar para não fracassar na tentativa de mudar a forma em que nos relacionamos.
Mais infos: anarquiarelacional.com
Anarquía Relacional. La revolución desde los vínculos
Juan Carlos Pérez Cortés
La Oveja Roja, Colección Narrativa. Madrid 2019
400 págs. Rústica 21,5×13,5 cm
ISBN 9788416227334
20,00 Euros
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Era verde ou azul?
Sumiu num piscar de olhos
veloz colibri.
Teruko Oda
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!
Não entendi uma coisa: hoje ele tá preso?