Não percamos mais tempo em lamentos e nostalgias, deixemos para trás o cuspe contra a massa de eleitores e nos concentremos em continuar levantando as alternativas autônomas de luta junto com o povo.
As leituras já estavam feitas, sabíamos o que estava por vir, colocamos nossas análises e propostas sobre a mesa, mas a institucionalização do processo, mais uma vez, já vinha com o terreno ganho há muito tempo e há uma das tarefas difíceis que os setores revolucionários têm pela frente. Se conectar e coordenar entre si, deixando de lado as disputas, os egos e as besteiras, a fim de gerar o tecido que, a partir do concreto e nos territórios, ganhará o espaço do oportunismo dos partidos políticos e seu intervencionismo nefasto, e que conseguirá, de uma vez por todas, deslegitimar o caminho eleitoral como “forma de luta” para levantar sérias formas de participação, assembleárias, horizontais e autônomas, fora da política burguesa.
O processo iniciado em outubro não deve ser parado. Há uma maioria que não participa e não acredita no processo eleitoral e em nada do que vem dos partidos políticos que historicamente intervieram para pacificar cada tentativa de rebelião do povo, fazendo-os acreditar que são os únicos que fazem política. Sua história de corrupção e fraude tem desiludido o povo e manchado a prática da atividade política, gerando desinteresse e apatia enquanto eles continuam a tomar o poder para defender seus próprios interesses e os da classe dominante, mantendo o povo fora dela e enganando-os com a charada democrática do sufrágio.
Pedimos participação e envolvimento ativo no processo, mas não a partir das formas que o poder impõe, mas para levantar suas próprias desde baixo, das ruas, dos protestos, porque nada foi ganho. O sangue que correu não deve ser em vão, os olhos perdidos e as liberdades daqueles que estão presos por lutar também não devem ser em vão.
Para continuar promovendo a organização libertária nos territórios, para estar atentas e vigilante com a infiltração e o saque, para evitar o caos e nos preparar em todas as áreas para enfrentar não só a repressão, mas também o intervencionismo da política burguesa e sua demagogia, vamos reavivar e resgatar a política dando-lhe autonomia, horizontalidade, SEM HIERARQUIAS.
Grupo de Propaganda Revolucionária – A Ruptura
Tradução > Liberto
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sombrinha furada.
Eunice Arruda
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!