Na quinta-feira, 14 de janeiro, o Primeiro Ministro nos deu novamente seu ato de autossatisfação. Embora a situação esteja piorando, Castex acolhe favoravelmente a estratégia adotada nas últimas semanas de um toque de recolher às 18 horas. Esta medida se estende, portanto, a todo o território metropolitano. A França se torna sombria, além de dar duro no trabalho e consumir um pouco, mesmo aos domingos, nada mais existe. Enquanto estamos percorrendo dias ainda mais difíceis, o governo toma a pior decisão para a população, mas a que está mais de acordo com os interesses do Capital. O que o governo está propondo para nós? Ir ao trabalho… para aqueles que ainda podem ir ao trabalho. Os estudantes, os desempregados, os aposentados, os frágeis e/ou isolados, só têm que esperar por dias melhores com as migalhas que lhes são dadas generosamente e esperar que as vacinas eficazes cheguem a tempo. E se a vacinação é a solução certa, muitas pessoas hoje têm dúvidas, dúvidas que certamente não serão varridas pelos erros deste governo, que nos disse há alguns meses que as máscaras eram inúteis…
Os anúncios seguem um ao outro sem preocupação de plausibilidade. Blanquer continua a negar a evidência de contaminação no ambiente escolar e acumula anúncios rebuscados. Testes escolares? Dizem-nos que as capacidades de triagem serão muito reforçadas, com o objetivo de realizar 300.000 testes por semana nas escolas. Sabendo que desde novembro apenas 100.000 testes foram realizados (enquanto um milhão de testes foram armazenados no Ministério) e que a Educação Nacional tem 12 milhões de estudantes e 1 milhão de trabalhadores! Quanto à avaliação dos estudantes mais necessitados? Quem vai fazer isso, de acordo com que critérios? Estes anúncios são completamente desajustados e não respondem às emergências atuais.
Como só nos restam nossos locais de trabalho para conhecer outras pessoas, vamos lá! Se tudo o que podemos fazer agora é trabalhar, aproveitaremos a oportunidade para nos organizarmos ainda mais com nossos companheiros. As datas de mobilização já foram fixadas em janeiro: dia 21 a saúde, dia 23 contra os despedimentos, dia 26 em educação, dia 28 a do setor energético, e dias 16 e 30 contra as leis liberticidas e em 4 de fevereiro uma mobilização Inter-profissional e intersindical.
Confinamento ou toque de recolher, nada será satisfatório em qualquer caso, desde que seja uma questão de salvaguardar os interesses dos capitalistas acima de tudo. Os interesses deles não são os nossos. A prioridade diante da crise sanitária atual é a socialização de todo o sistema de saúde e a produção de vacinas. A partir de hoje, vamos autogerir nossa saúde para amanhã, autogerirmos toda a nossa existência.
União Comunista Libertária, 16 de janeiro de 2021
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Sobre o varal
a cerejeira prepara
o amanhecer
Eugénia Tabosa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!