[Espanha] A CGT inicia uma campanha para denunciar os vestígios do regime franquista ainda protegidos pelas instituições políticas e religiosas na democracia

A Confederação Geral do Trabalho (CGT), através da Comissão de Memória Libertária, anunciou uma campanha para denunciar, com documentação, a existência de restos do franquismo que gozam da proteção de instituições religiosas e políticas na atualidade.

Segundo a organização anarcossindicalista, esta campanha surge em um contexto derivado por causa da retirada da Cruz dos Caídos em Aguilar de la Frontera (Córdoba), onde gerou uma grande polêmica com opiniões a favor e contra de manter a cruz.

A CGT indica que é indubitável que a existência destas cruzes por todo o território do Estado espanhol cumprem a função de render homenagem às vítimas do bando sublevado, “os caídos por Deus e a pátria”, e discriminam ao resto de pessoas que o fizeram por defender a liberdade e combater o fascismo, rechaçando e parando o golpe de Estado de Franco.

Desde a CGT realizamos um chamado a toda a sociedade para que façam chegar testemunhos da preservação destes vestígios do passado, concretamente deste tipo de cruzes que costumam manter em todas as igrejas e lugares concretos de povoados e cidades, e recorda que o compromisso com a verdade, a justiça e a reparação da memória das vítimas é um trabalho em conjunto de toda a sociedade, sobretudo dos que se consideram antifascistas.

Gabinete de imprensa do Comitê Confederal da CGT

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sol na varanda –
sombras ao entardecer
brincam de ciranda

Carlos Seabra