Nascida em Cobquecura (Região do Biobío, Chile) em 1911, filha de pais exilados, Flora Sanhueza Rebolledo foi uma anarquista e lutadora social em Iquique, lugar onde cresceu ao Norte do Chile, e também que a conhece como a fundadora da Escola Libertária “Luisa Michel” (nome de uma anarquista morta na França).
Em 1935 viaja a Espanha para fazer parte dos processos sociais que aí aconteciam e em 1936 participa na revolução social que implica na Guerra Civil Espanhola até seu término em 1939, onde deve sair à França, lugar no qual permaneceu como prisioneira política até 1942.
Em 1947, volta ao Chile em meio a ditadura de Gabriel González Videla e da perseguição fascista dos anarquistas e comunistas. Estando no país funda o ateneu “Luisa Michel”, inspirado em ateneus libertários de princípios de século. Este ateneu era dirigido para as trabalhadoras tecelãs de rede. Em seus primeiros quatro anos, funcionou como um centro para o desenvolvimento cultural dessas trabalhadoras, o que se levava a cabo praticamente na clandestinidade.
Em 1953, passa a ser uma escola que acolhia os filhos/a de mulheres trabalhadoras, e onde passa a denominar-se como a Escola Libertária “Luisa Michel”, a qual chega a contar com mais de 70 estudantes. Mas deixou de funcionar em 1957.
Após o Golpe de Estado em 1973, Flora, que também era tia do detido desaparecido Williams Miller Sanhueza, foi presa e torturada para depois ser posta em prisão domiciliar, falecendo em 18 de setembro de 1974 em consequência das torturas que recebeu nas mãos de militares.
Muitos são os lutadores como Flora ou outros milhares de anônimos que morreram pela Liberdade e que foram apagados da História fascista burguesa oficial. Mas a nós cabe difundir e reivindicar tanto seus nomes como a ideia e luta pela qual eles morreram.
Publicado em El Amanecer n°2, Novembro de 2011
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
sol em plenitude
uma rã pula — em versos
barulho de Vida
Roséli
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!