No domingo passado, 28 de março, cerca de 100 pessoas se reuniram na Praça Tirso de Molina, num pequeno gesto de solidariedade com os presos nas últimas semanas no estado espanhol, devido aos tumultos e protestos contra a prisão (e não só) de Pablo Hasél. 7 camaradas anarquistas estão na prisão, acusados da tentativa de incêndio de uma van da polícia em Barcelona durante os protestos. Nós nos preocupamos pouco com sua inocência e culpa, além de entender como totalmente legítimo qualquer ato de ataque aos capangas do Estado, que semeiam brutalidade à voz de seus senhores. Um constante fluxo de detenções, em nossa cidade e em outras, que não parou até uma semana atrás (até agora). Entre os participantes houve também um gesto de cumplicidade com os grevistas da fome no Chile, os prisioneiros anarquistas, os subversivos e da revolta; com a FACG e a repressão ao anarquismo e seus projetos nas Ilhas Canárias e com todos aqueles reprimidos como resultado do confronto com o Estado.
Sob o olhar atento de um helicóptero da polícia e de alguns policiais à paisana (grande trabalho de “camuflagem” dos fardados) o comício tornou-se um desfile animado, entre gritos e slogans contra a repressão e o Estado; para terminar na Praça de Lavapiés.
Sabemos que um simples comício não é suficiente como fórmula para apoiar nossos camaradas presos e detidos, mas ao mesmo tempo nos parece importante reforçar a presença nas ruas, sem pedir permissão de nenhuma autoridade, à qual não concedemos nenhuma legitimidade para regular o protesto e a luta. Temos que reforçar a presença nas ruas, não deixar ir, e mostrar que ela está ali, nas ruas, nos bairros e nos centros de estudo e trabalho, onde a luta é, em toda sua amplitude e multiformidade, longe de escritórios, pactos e parlamentos.
Agora é hora de fazer um balanço destas últimas semanas, desta primeira rodada do ano 2021. Mostrar nossa solidariedade com o povo preso e reprimido ao mesmo tempo em que combatemos o medo depois de ter mostrado que o Estado, em sua forma democrática, bate forte, pois não poderia ser de outra forma. Mas como a junco que recebe a pressão do vento e se dobra, nunca iremos quebrar. Vamos continuar e aumentar a luta em todas as frentes.
Não temos medo! Estamos com raiva!
Anarquistas e prisioneiros subversivos em todo o mundo, para as ruas!
Abaixo com os muros!
Tradução > Liberto
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!