Índice
• Introdução. Que a solidariedade não seja somente palavra escrita.
• Apontamento sobre como enfrentamos (e como enfrentar) a repressão.
• Caso Bakia: solidariedade, caixas queimando e repressão.
• Operação Arca, G20 e os roubos de Aachen.
• Ocupação, resistência e ação direta no bairro de Grácia: saldo repressivo.
• O estado de direito – No labirinto da prisão de Gabriel Pombo Da Silva.
• Se tem que queimar, que queime.
• Direções de interesse.
Toda arrecadação irá para os companheiros presos devido aos distúrbios pela prisão de Pablo Hasél. Para realizar pedidos podes escrever a localanarquistamotin@riseup.net
Introdução. Que a solidariedade não seja somente palavra escrita
O balanço repressivo dos protestos que estalaram na raiz da prisão de Pablo Hasél, na Catalunha, e mais concretamente em Barcelona, alcançaram o grau de uma pequena revolta ou um estalo de importantes implicações que trouxe vários dias consecutivos de distúrbios em diferentes geografias da península, levando a centenas de prisões em todo o Estado. Centenas de feridos e presos em todo estado nas revoltas do fim de fevereiro. Em Granada, dois companheiros foram presos, já em liberdade condicional. Em Barcelona, 8 anarquistas foram colocados em prisão preventiva acusados de tentativa de homicídio, atribuindo a eles a tentativa de queimar um furgão policial durante os enfrentamentos. Em Madrid e na Catalunha, as detenções continuaram durante semanas depois dos feitos, seguindo a estratégia do estado de “repressão adiada”.
O foco repressivo tem sido colocado em muitos setores, mas desde cedo, os anarquistas que têm tomado parte ativa nas revoltas, cientes do que é subjacente neste estalo não é somente um mero protesto pela liberdade de expressão e direitos democráticos que não reconhecemos nem apoiamos. É um estalo provocado pelo rebote autoritário que os Estados têm operado em todo mundo com a desculpa de uma gestão de pandemia e a consequente pressão que às condições de exploração e miséria que o capitalismo nos submete, acelerando esses processos em suas crises cíclicas.
Recopilamos vários textos que refletem sobre a repressão e a necessidade de continuar a luta, e ser conscientes de que do inimigo, do Estado, só podemos esperar golpes, e que a defesa frente a isto deve ser a continuidade da luta e não cair em categorias próprias da repressão (inocência/culpabilidade) ou o vitimismo. Aqui há uma guerra, não esperemos piedade de jornalistas, políticos, empresários, juízes e policiais. E estas reflexões surgiram da raiz do ciclo repressivo da década anterior (entre 2011 e 2015 aconteceram várias operações antiterroristas em todo estado espanhol contra os ambientes anarquistas). Vários textos de casos de repressão acontecidos recentemente, nos quais as companheiras reprimidas e seus entornos, distantes de se curvar a comodidade da figura da pessoa “represaliada” e vitimizada, tem apostado na continuidade da luta, entendendo a repressão como consequência deste conflito. Não esperemos ser tolerados pelo Estado, nem por seus porta-vozes. A Democracia é isto e não outra coisa.
Não partimos do zero, temos experiências coletivas e comuns que estão longe de ser uma base ou um dogma, são uma coordenada a mais no mapa da revolta, pequenos “cabos guia” no mar de possibilidades, que utilizamos como suporte e auxílio para continuar a luta. Toda arrecadação deste fanzine, será destinada a apoiar os companheiros presos em Barcelona acusados de queimar o furgão policial.
Contudo, a solidariedade não pode se reduzir a um apoio e acompanhamento dos companheiros e companheiras retalhados, nem a bonitas palavras. A solidariedade ativa requer continuar a luta até suas últimas consequências e demonstrar ao Estado, que prender anarquista, não lhe vai sair de graça.
Solidariedade e luta
Península Ibérica. Março 2021
>> Baixar Fanzine [PDF]:
http://barcelona.indymedia.org/usermedia/application/5/fanzine_represi%C3%B3n.pdf
Tradução > Piwkepan
agência de notícias anarquistas-ana
Infância no campo
brincava nas plantações.
Bonecas de milho.
Leila Míccolis
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!