O que fazemos aqui não é diferente de qualquer outro blog de difusão de informação e escritos insubmissos. A internet surgiu como uma construção coletiva sob as ideias de livre troca de informações e comunicações. Nenhuma empresa é dona da internet, e o conteúdo encontrado neste cyberespaço é vasto e diverso.
Hoje a dominação dos ambientes digitais através da publicidade, mineração de dados (dados gerados no facebook e outras redes sociais com fins lucrativos), algoritmos de rastreamento e de análise de comportamento na rede usam a internet como uma poderosa ferramenta de expansão do sistema de vigilância e controle. Esse avanço tecnológico é financiado por governos e empresas que direcionam seu funcionamento à exploração dos usuários, para lhes arrancar mais lucro e incentivar uma cultura de constante consumo, espetáculo e alienação. Não é a toa que as empresas mais ricas de hoje (Amazon, Microsoft, Google, Facebook são algumas delas) são do ramo da tecnologia, a maioria especializada em mineração de dados – basicamente vender toda informação que você consome e entrega à rede – com seus algoritmos fechados e maliciosos.
A cibernética tem moldado o mundo do século XXI, e nesse cenário das coisas, onde até sua geladeira está conectada à rede, o cerco do cyberespaço cada dia toma mais espaço em nossas vidas. Nesse 2020 podemos observar como a pandemia de Covid-19 alavancou mudanças impostas pelos estados com a desculpa de que é para a proteção das pessoas. Também em 2020 podemos assistir um presságio dos novos tempos, com o lançamento de Elon Musk, o cara dos carros elétricos, que através da sua famosa empresa de tecnologia, a Tesla, já lançou mais de 90 satélites na atmosfera com a intenção de expandir o 5g e conectar todo o globo em um mesmo sistema. Essa manobra deu a Elon Musk o segundo lugar no ranking de MAIS RICO DO MUNDO, passando a fortuna de Bill Gates.
Acreditamos na liberdade de ser e pensar, na difusão de ideias, de oposição ao controle e dominação social, na propagação das informações e resgate de histórias e conhecimentos que aqueçam as chamas da insubmissão, da konfrontação anárkica, das conexões que não podem ser aprisionadas, que não morrem. Por isso acreditamos que se faz essencial a luta no meio digital, e que hoje fazer parte do mundo virtual é parte também da nossa realidade de luta, também para ter de volta coisas que o sistema nos rouba diariamente. Seja com nossos dados, seja com câmeras sob nossas cabeças, seja nos tirando o brilho das estrelas com tantos satélites, nossa luta segue sendo para que essa realidade imaterial, inumana, maquinaria, alienante e destruidora tenha seu merecido fim.
Blog com publicações e Contra-Info http:inkonstantedicoes.ga
agência de notícias anarquistas-ana
Num vôo direto
o pássaro volta
procurando um teto
Eugénia Tabosa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!