Hoje, 19/05, no início da manhã, por volta das 7h30, por ordem do Ministério Público, decorreu uma operação de evacuação e fechamento do Teatro Autogestionário Livre Empros, na presença da polícia e representantes da ETAD (Hellenic Public Properties Company), empresa à qual pertence o edifício histórico do Empros (primeira tipografia da Grécia, caracterizada como monumento moderno). A operação decorreu sem autorização do Ministério da Cultura responsável por estes edifícios ou com a sua retumbante ausência e silenciosa cumplicidade.
Que problema poderia ter o Ministério da Cultura grego, afinal, para que um monumento moderno fosse cimentado, já que eles deram permissão para cimentar o mais importante dos antigos, a Acrópole!
Que problema poderia ter o Ministério da Cultura grego, afinal, que um teatro fosse tapado, já que durante todo esse difícil período da pandemia eles desvalorizaram a Arte e insultaram os artistas da pior maneira, levando-os ao desespero e à extinção.
O Teatro Autogestionário Livre Empros nasceu dos sonhos e esperanças de milhões de pessoas que participaram dos movimentos sociais de nosso tempo. É um espaço aberto e público com impacto internacional, de acesso gratuito para mais de 1000 visitantes por semana e com uma programação diária diversificada de eventos dirigidos a uma ampla gama de pessoas de diferentes origens culturais.
Desde 2011, centenas de artistas apresentaram 400 peças diferentes em mais de 2.000 apresentações, sem fins lucrativos e com entrada gratuita. Já foram organizados concertos de 450 bandas musicais, eventos de apoio a projetos auto-organizados, iniciativas cinemáticas e grupos artísticos, mais de 300 palestras e aulas sobre todos os temas da vida cotidiana. Centenas de encontros, exposições, poesias, festivais de literatura, workshops, um mar de encontros e criação, um sopro de liberdade e expressão no centro da cidade.
Ao suposto interesse do HRADF (Hellenic Republic Asset Development Fund) em destacar o valor histórico do edifício – através da sua venda e privatização – respondemos desde 2011, primeiro com o Movimento Mavili, com o Movimento de Residentes Psyrri, etc. E depois com a abertura do Empros como um espaço autogestionário com ações que promoviam a criação e experimentação artística, a par da intervenção sociopolítica numa estrutura anti-hierárquica e anti-mercantilizada.
Procuramos aproximar a teoria e a prática, o artístico e o social e político, sobre questões que dizem respeito a todos, e redefinir o papel da arte, hoje, em condições de emergência. Hoje, mais do que nunca, a continuidade do projeto Empros é vital e por isso precisa do apoio de todos nós! A equipe do Teatro Autogestionário Livre Empros expressa seu apoio à todos os espaços do movimento social que enfrentam a campanha estatal pela imposição de uma regularidade de submissão, medo, privatização e estupefação em massa.
TIREM AS MÃOS DO EMPROS!
OS EDIFÍCIOS PERTENCEM AQUELES QUE ALIMENTAM OS SEUS SONHOS SOB O TELHADO
Teatro Autogestionário Livre Empros
embros.gr
Tradução > Da Vinci
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!