A necessidade de um centro social
Historicamente, os centros sociais autônomos sempre foram ferramentas essenciais na caixa de ferramentas para o ativismo político dos movimentos sociais. Hoje, nosso esforço é inspirado por milhares de exemplos criados por vários movimentos sociais, desde os ateneus libertários (centros comunitários) em Barcelona durante a revolução espanhola e os centros sociais autogeridos na Itália durante os anos 80, aos ZAD na França e os okupas e centros anarquistas na Grécia, América Latina e por todo o mundo.
Levando em conta os desenvolvimentos recentes que temos vivido nos últimos meses na Grécia, seguido pelos despejos que várias okupas sofreram, colocaram-nos em uma posição cada vez mais difícil. Uma das dificuldades que tivemos que enfrentar resulta da falta de um espaço onde pudéssemos hospedar nossas atividades, procedimentos e assembleias, atividades necessárias para a continuação de nossa luta política. Junto da necessidade de um local de encontro, nós também consideramos que a criação de um centro social é um elemento vital para o crescimento do discurso do movimento anarquista à sociedade.
Quem nós somos?
Somos três grupos anarquistas de Tessalônica. O “Anarchist collective from the East” (“Coletivo Anarquista do Leste”), o “Anarchist collective Pueblo” (“Coletivo Anarquista Pueblo”) e o “Libertarian Initiative of Thessaloniki” (“Iniciativa Libertaria de Tessalônica”). Ao longo dos anos, participamos ativamente em diferentes campos da luta social e de classes e também da produção de um referencial teórico.
Qual é o nosso objetivo?
Criar um espaço autônomo que possa acomodar a necessidade de um centro político e social, situado diretamente no coração da cidade de Tessalônica.
Pretendemos criar um centro político, com espaços disponíveis para assembleias / reuniões políticas e eventos sociais de grupos anarquistas e outras formações sociais ou de classe similares que precisem de espaço para hospedar suas atividades. Ao mesmo tempo, queremos que esse espaço seja um centro social aberto que através de suas múltiplas funções ajude a desenvolver um contato estável com os oprimidos, que divulgue e discuta política anarquista no cotidiano e que forneça a infraestrutura para uma proposta cultural libertária alternativa contra as relações capitalistas por ser um ponto de encontro para grupos e indivíduos.
O que queremos criar neste centro social?
Nosso projeto inclui a construção de: um salão que possa receber reuniões / eventos culturais / projeções de filmes / assembleias, uma biblioteca / sala de leitura / livraria, um hacklab, um estúdio de rádio / podcast / gravação / web TV, uma cafeteria para reuniões diárias. Tanto quanto um espaço para outras atividades tais como cozinhas coletivas, estruturas de apoio mútuo, educação política e projetos autodidatas, etc.
O que precisamos?
A pandemia de Covid-19 nos privou de nossas formas tradicionais de autofinanciar nossos projetos. Então pedimos a vocês, nossos camaradas internacionais, que nos ajudem, da forma que possam e queiram, para financiar a abertura de nosso centro social. Nossas necessidades financeiras incluem alugar um espaço, comprar o equipamento necessário, atender algumas necessidades básicas (eletricidade, água, etc.) assim como cobrir o custo dos reparos necessários no prédio. Além do dinheiro que nossos grupos estão poupando nos últimos meses através de nossas próprias contribuições, nós estimamos que precisaremos de um montante adicional de 1500€.
Neste momento de crise pandêmica global, a solidariedade – de qualquer forma – é nossa arma para construir nossas comunidades e espaços sociais de encontro e troca. Qualquer forma de ajuda é importante para nossa luta contra o capitalismo e vocês são todos bem-vindos a participar conosco durante esse projeto.
>> Para colaborar com a vaquinha virtual, clique aqui:
Tradução > Brulego
agência de notícias anarquistas-ana
Tendo a ser, mas pouco:
resta ainda um tempo
que me espera e reclama.
Thiago de Mello
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!