11 de abril de 2021
A gestão da pandemia mundial pelos governos, incluindo o francês, está de acordo com o cinismo habitual do capitalismo: deixar morrer os mais pobres para que a economia continue funcionando.
Essa pandemia é também social: ela afeta mais fortemente as populações mais pobres (até cinco vezes mais de mortos) e os mais isolados.
Entretanto, uma solução existe hoje: várias vacinas estão disponíveis e oferecem cobertura suficiente para ajudar a sair desse marasmo mundial.
A Federação Anarquista tem ideias claras: o apoio mútuo ao invés do cada um por si, a solidariedade ao invés da caridade, a Humanidade ao invés do mercado. Frente a essa pandemia não podemos continuar deixando as multinacionais e os Estados disporem de nossas vidas.
Clamamos pelo fim da corrida capitalista. Apelamos pela auto-organização do apoio-mútuo para não deixar ninguém de lado, quer seja por conta de bens materiais ou por dificuldades psicológicas, que um momento como esse pode provocar. E inclusive para além da pandemia, quando ela for superada. Conclamamos por uma Internacional da Saúde, contra o mercado e pela humanidade.
Ainda mais urgente, conclamamos a que as patentes das vacinas sejam quebradas, permitindo sua fabricação em maior escala e mais rapidamente. Existe entre 5 e 7 bilhões de pessoas a serem vacinadas, e não podemos dizer que, quando os países ricos forem vacinados, ficaremos indiferentes ao resto do mundo. Apelamos aos que trabalham na indústria farmacêutica a tomar nas mãos as ferramentas e saírem da lógica do capitalismo e fabricarem para toda a humanidade os cuidados e meios de proteção de que esta necessita.
Sabemos que esses apelos não serão suficientes, e precisamos organizar de outra forma a sociedade, e de maneira horizontal e sem dominação.
É nisso que nos agarramos e só podemos desejar que um número cada vez maior de pessoas se junte a essa aventura, que engrandecerá a Humanidade.
Com ou sem pandemia.
Relações Exteriores da Federação Anarquista
federation-anarchiste.org
agência de notícias anarquistas-ana
rajada de vento
a lua estremece
na corrente
Rogério Martins
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!