Estas jornadas surgem da necessidade de contribuir de maneira consciente à atualização do anarquismo, incentivando o debate, a crítica e a reflexão de nossas ideias e práticas nos dias que vivemos.
Considerando a situação nos últimos tempos (revoltas em diversos lugares do planeta, repressão, aumento do controle social, confinamentos, etc.) e sendo conscientes de que simplesmente é necessária uma pequena chispa para que se expanda a chama, gostaríamos de contribuir com este encontro a seguir expandindo qualquer confrontação com o poder.
A constante reflexão de nossas ideias pode nos ajudar a encontrar a maneira de dar resposta às condições de opressão impostas pelo sistema de dominação atual.
Convocamos este encontro como mais uma pequena colaboração. Queremos seguir gerando espaços de encontro, desde nossa individualidade e lutas coletivas, no conflito permanente contra todo o estabelecido, e seguir gerando redes baseadas na incansável negação de qualquer autoridade.
Os esperamos!
• SEXTA-FEIRA 18
18h00
“Nossa proposta é o conflito. Uma aproximação à anarquia negra”
Informalidade, insurrecionalismo, niilismo. Revisamos que são e foram estas propostas através de realidades vividas nas últimas décadas.
“Experiências anárquicas desde uma perspectiva insurrecional”
Tratarei de configurar um mapa cronológico, político e vital do que quisemos fazer, sentir e viver com nossas vidas, em um momento de ruptura com nosso passado, redefinir nosso presente e deixar de esperar um futuro que nunca chegava. Um percurso cheio de erros e paixões que nos permitiram viver nossa vida com a intensidade que se merecia… Até o desastre final.
• SÁBADO 19
12h00
Apresentação da nova edição de “Ai Ferri Corti”
Vem de reeditar-se o escrito com a intenção de retomar sua circulação e debate, já que pensamos que nos encontramos em um momento no qual se já não é possível, mas urgente, romper com as normas do Estado e propormos de novo as possibilidades para a revolta aqui e agora, não só como espetáculo de rechaço meramente simbólico e em grande medida colonizado pela estética, mas, sobretudo como um lugar comum para o encontro, à tensão entre diferentes posições e estratégias, e a forja de afinidades com as quais seguir caminhando, construindo e derrubando.
16h00
“História de um encontro entre gerações anarquistas no Uruguai. Da luta armada de 1970 ao anarquismo queer em 2021”
No Uruguai, “a Suíça da América” a tradição democrática é forte e quase inescapável. A forte presença de grupos sociais e armados anarquistas de há 50 anos que foram parte substancial da resistência à ditadura desapareceu dos relatos da história recente. Tanto assim que entre as gerações mais jovens de anarquistas é como um tesouro a buscar. E nós, sem querer querendo, temos a sorte de termos encontrado com uma referência histórica da guerrilha armada de fins de 1960 que no dia de hoje se mantêm firme em suas convicções, ativa apesar de seus obstáculos, tão humilde como amorosa e cheia de ganas de seguir aprendendo e revisando marcos teóricos.
18h30
“Solidariedade, projeto e intervenções em lutas”
A cargo de uma companheira de Elephant Editions.
CSO Lastilla
Av. Vila Franca 22
<M> L1 Torrassa
agência de notícias anarquistas-ana
Esta é a mão
que às vezes tocava
tua cabeleira.
Jorge Luis Borges
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!