A Ku Klux Klan fundou-se no sul dos Estados Unidos em 1865, ao terminar a guerra civil, com o propósito de defender a supremacia branca, que se viu interditada pela Reconstrução, um programa federal que outorgava certos direitos à população negra. Sua evolução posterior incluiu outras minorias: judeus, católicos ou estrangeiros (como não autenticamente americanos), diferente de brancos e protestantes (os únicos capazes de proteger o projeto nacional). Um século mais tarde, quando o historiador William Peirce Randel escrevia esta obra — convertida hoje num clássico —, o florescimento da Klan, que chegou a contar em algum momento com cinco milhões de membros e a quem nenhum governo dos Estados Unidos declarou “terrorista”, havia penetrado em amplos setores conservadores. Segundo sustenta Randel, o dramático foi como “o espírito da Klan” foi colorindo ideologicamente a uma parte da sociedade norte-americana. “Se revisamos sucintamente a história dos Estados Unidos, chegaremos à inevitável conclusão de que o que a Klan supõe é uma constante em nosso comportamento nacional. Às vezes permanece estático, calmo, mas não está morto, mas simplesmente latente entre erupção e erupção”. Hoje, mais de 150 anos depois de sua fundação, a Ku Klux Klan viu ampliada sua influência graças às redes sociais. A existência de organizações como Proud Boys ou a mais misteriosa QAnon bebem diretamente de seus ideais, pelo que não foi estranho que o final do governo do presidente Trump tenha se encerrado com um assalto, em boa medida imaginário, ao Capitólio, como símbolo desse “governo judeu” que obsessiona a Klan.
El Ku Klux Klan
William Peirce Randel
Los Libros de la Catarata, Colección Mayor, 842. Madrid 2021
288 págs. Rústica 22×14 cm
ISBN 9788413522555
18,50 €
agência de notícias anarquistas-ana
Sesta no jardim:
a borboleta me acorda.
Coça o meu nariz.
Anibal Beça
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!