Por Christine Henry | 11/08/2021
Um artista de rua fez homenagem esta quarta-feira (11/08) à essa figura da Comuna de Paris ao colocar seu retrato no alto da colina de Montmartre, um dos lugares altos desse período da história.
Louise Michel está de volta à Montmartre. O busto sobre tela dessa figura da Comuna de Paris foi (provisoriamente) pendurado esta quarta-feira diante da imponente fonte, no alto da praça que leva seu nome na baixada de um dos flancos da colina de Montmartre. O rosto austero da professora revolucionária, que chegou à Montmartre em 1865, se destaca sobre um fundo negro e o colarinho escarlate de seu casaco lembra seu apelido de “Virgem vermelha”. Ironia, o retrato reina em majestade sob a basílica do Sagrado Coração, apresentada após sua construção como o meio de punir as extravasões da Comuna.
Uma exposição de um dia
O artista Henri Marquet parado diante da sua obra explica (em francês bem como em inglês) seu projeto aos passantes. Um casal de estadunidenses escuta religiosamente suas explicação, depois deixa uma turista asiática de passagem na capital tomar o posto com ele. “A ideia nasceu na última primavera, quando Paris se preparava para celebrar o 150º aniversário da Comuna de Paris. Não se trata de um gesto militante, mas de um trabalho de memória sobre essa grande figura da Comuna. Eu tenho, igualmente, simpatia por suas ideias, explica o artista de rua de 78 anos. É a primeira vez que eu realizo uma obra desta dimensão.”
A tela de 5 metros por 5,6 metros ocupava uma parede inteira de seu atelier na rua de Choisy (XIIIº arrondissement). Ela foi colocada uma primeira vez sobre o local no último 20 de maio para a comemoração da semana sangrenta da Comuna e refaz uma aparição esta quarta-feira, por um dia. “É um evento festivo” explica o artista que não colocou a sua assinatura no canto da tela, mas a de Louise Michel. A tela tomará a estrada em setembro para exibir-se na fachada do teatro Toursky em Marselha na ocasião da “faça a fraternidade”, uma manifestação cultural, esperando voltar ao atelier do pintor e escultor parisiense.
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!