
Refúgio de anarquistas, hippies e artistas, o bairro de Christiania, em Copenhague, capital da Dinamarca, está a celebrar os seus 50 anos de alma livre.
Foi em 26 de setembro de 1971 que um grupo de hippies transformou em casa a zona de um quartel do exército abandonado em pleno centro de Copenhague. Hastearam a bandeira da liberdade e batizaram o local de “Christiania, Freetown”.
O objetivo dos primeiros habitantes foi o de estabelecer uma sociedade alternativa, guiada pelos princípios da paz e do amor, onde as decisões fossem tomadas coletivamente e as leis não fossem cumpridas.
As drogas leves estavam disponíveis gratuitamente e a reciclagem e a partilha sobrepuseram-se à compra de produtos e bens.
“Era uma comunidade que pertencia a todos e a ninguém”, define à agência AFP Ole Lykke, que se mudou para o enclave de 34 hectares na década de 1970.
Esses princípios permanecem ainda bem enraizados, mas Christiania mudou de muitas maneiras. Os turistas serpenteiam e a dantes criticada economia de mercado é agora dominante.
Pelo meio, os residentes tornaram-se proprietários legais quando compraram algumas das terras ao Estado dinamarquês, em 2012.
Ainda assim, permanecem em Christiania 900 pessoas, muitas delas artistas e ativistas, além de restaurantes, cafés e lojas, populares entre o meio milhão de turistas que a visitam anualmente.
Os residentes obtiveram um empréstimo bancário de vários milhões de euros para poderem comprar o terreno e agora Christiania é gerida de forma independente através de uma fundação.
Mas continua um centro cultural e perseguida pela reputação de antro de drogas, sobretudo canábis e haxixe.
O espírito livre, esse, é que jamais se perdeu.
Fonte: agências de notícias
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Alvaro Posselt
Perfeito....
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!