Uma dezena de policiais ficaram feridos nesta quarta-feira (29/09) durante um confronto com indígenas e camponeses em frente ao Congresso do Paraguai, que aprovou uma lei para endurecer as penas contra invasores de terras privadas.
Cerca de 2 mil indígenas, segundo a imprensa local, incendiaram com coquetéis molotov três veículos estacionados e atacaram com pedaços de pau e pedras os policiais, que usaram gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
Vídeos exibidos pela imprensa local mostram dois agentes com cortes na cabeça, outro agredido no chão e um quarto socorrido após levar uma flechada na coxa.
Agora a lei precisa ser assinada pelo presidente Mario Abdo Benítez para que entre em vigor.
Grupos indígenas e camponeses indicaram que os protestos continuarão se a lei não for retirada ou vetada por Abdo Benítez em 48 horas.
Segundo a Federação Nacional dos Camponeses, o problema de fundo se remonta à época em que muitos camponeses e indígenas tiveram suas terras retiradas e entregues a proprietários ou pessoas próximas ao governo militar de Alfredo Stroessner, entre 1954 e 1989.
Um relatório da Comissão da Verdade e Justiça, criada para apurar as violações ocorridas durante o regime de Stroessner, apontou em 2006 que cerca de dois terços das terras entregues durante a reforma agrária orquestrada por aquele governo foram para pessoas próximas às autoridades.
Desde então, esses grupos camponeses e indígenas vêm tentando recuperar essas terras e uma de suas estratégias têm sido a invasão e ocupação temporária.
“Eles nunca resolveram o problema da terra e querem nos fazer parecer criminosos. Querem criminalizar a luta pelo direito à terra“, disse Derlis López, uma das lideranças indígenas, a vários meios de comunicação locais.
E acrescentou: “Vamos vir em massa caso a lei seja promulgada, não vamos mais calar a boca”.
Fonte: agências de notícias
agência de notícias anarquistas-ana
Brilho da lua se move para oeste
a sombra das flores
caminha para leste.
Buson
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!