Após o êxito da publicação do número um, temos o prazer de anunciar o lançamento do número 11 da histórica publicação anarcofeminista.
Dentro de nosso trabalho de resgate e difusão da cultura libertária tratamos de abordar aqueles materiais e documentos que entendemos possam ser mais necessários e podem ter maior impacto na atualidade.
Por isso que faz alguns anos estamos resgatando a história duplamente esquecida da Federação de Mujeres Libres, entendendo que o feminismo se converteu em uma das principais frentes de luta pela mudança social dos últimos anos.
Em 2018 inauguramos a que é até agora a mais detalhada exposição sobre a organização anarcossindicalista realizada até esta data: “Mujeres Libres, precursoras de um mundo novo (1936_1939)”. Uma exposição organizada pela historiadora Sonia Lojo e realizada pelos diretores de arte Sancho R. Somalo e Byron Maher que até o dia de hoje segue percorrendo por toda a geografia com enorme repercussão.
Também, reeditamos fotografias de arquivo histórico da fundação e a bandeira original da organização.
Dentro deste trabalho de difusão, nos propusemos reeditar o conjunto da revista ‘Mujeres Libres’ em versão fac-símile atendendo o valor histórico e artístico da publicação original. Começamos publicando o primeiro número que hoje em dia conta já com três reedições e mil e quinhentos exemplares vendidos. Agora nos é grato anunciar que para este outono de 2021 a Fundação Anselmo Lorenzo publicará, também em edição fac-símile, o número 11 de dita publicação.
Por que o número 11
A revista que começa a ser editada em 1936 e termina sua primeira época em 1939 sofre numerosas mudanças motivadas pelo golpe de estado fascista, o triunfo revolucionário em grande parte do território espanhol e os três anos de guerra.
Após a publicação do primeiro número da revista, cremos que o número 11 contribuirá com uma ideia clara da importância que alcançou Mujeres Libres em uma época na qual o peso da religião católica e a tradição patriarcal torna mais significativa a incrível força desta organização específica de mulheres.
Uma organização que chegou a contar com quase 30.000 mulheres filiadas e implantação em todo o território não submetido pelos fascistas.
A revista conta com 58 páginas que reúnem a criação da Federação Nacional, as atividades e oficinas de capacitação profissional da organização nos diferentes territórios, as publicações editadas pela organização, um comício realizado em Valência por Federica Montseny, Lucía Sánchez Saornil e María Jiménez, análises sobre a situação da mulher, crônicas de guerra e um bom número de artigos de divulgação. Como não poderia ser de outra maneira, Emma Goldman também colabora com uma peça que demonstra a estreita relação do anarcofeminismo internacional com a luta antifascista espanhola.
Todo este enorme material que está apresentado com cuidado desenho e ilustrações do artista Baltasar Lobo dão mostra da potência que alcançou a organização e surpreenderá a todas aquelas pessoas que adquiram a publicação.
Um passo prévio à publicação completa da revista
Brevemente chegará a sindicatos, distribuidoras e livrarias o número onze da publicação, mas o trabalho de recuperação da revista não acaba aí.
Dentro do plano de trabalho, se acordou também publicar a revista completa assim que seja possível. Uma edição que suporá um enorme trabalho a esta fundação, mas que entendemos virá preencher um vazio historiográfico injustificável.
fal.cnt.es
Tradução > Sol de Abril
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!