Quarenta e oito anos depois da revolta da Escola Politécnica a realidade segue sendo o testemunho irrefutável de que não há nenhum direito, nenhuma liberdade, nenhuma prosperidade que possa existir para o conjunto da sociedade se ela não se livra da turba partidária dos atuais ou iminentes “salvadores”, se não desata as amarras da escravidão assalariada, se não sobrepõe o benefício do conjunto da sociedade ao interesse individual.
Para a Grécia da fome, da miséria, da extrema repressão, da submissão, da resignação e da depressão, a única solução é a insurreição generalizada imediata. Essa insurreição que, negando qualquer compromisso, derrotará a situação desumana que nos foi imposta, e colocará em marcha os processos revolucionários de organização espontânea da sociedade, para que ela atenda às suas necessidades, com base na igualdade, na liberdade e na solidariedade. Sem governantes e governados. Sem exploradores e explorados. Sem amos e submissos.
As batalhas para a criação de um mundo livre e justo nunca deixaram de ser parte da história da humanidade. Uma história cheia de pequenos e grandes esforços para romper as amarras que mantêm quase toda a sociedade espiritualmente infeliz e materialmente marginalizada. Algumas batalhas que ao longo dos anos conseguiram deter com sucesso a investida do obscurantismo, ou algumas batalhas que foram perdidas, afogadas no sangue, pela superioridade militar do inimigo, do medo ou da indiferença da sociedade complacente (passiva). Algumas batalhas travadas por algumas pessoas que, inspiradas por ideais elevados, estiveram na linha de frente da luta, não se importando com as consequências pessoais que teriam suas ações.
Estes ideais e essas pessoas que honramos hoje, participando da luta pela libertação social. A esses ideais e a essas pessoas prestamos homenagem hoje, superando o medo, atacando o que nos faz escravos modernos, espectadores impotentes de uma realidade que não tem o direito de ser chamada sociedade humana.
Prestamos tributo (homenagem) a todos aqueles que lutam pela liberdade e pela dignidade humana. Liberdade para os presos políticos.
agência de notícias anarquistas-ana
Vento de primavera —
Do outro lado do aterro,
O mugido da vaca.
Raizan
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!