Ação em Hamilton em solidariedade aos Wet’suwet’en fecham terminal Shell. Originalmente postado em North-Shore Counter-Info.
Na terça-feira, 23 de novembro, perto das 7 da manhã, cerca de 40 membros da comunidade se reuniram nos portões do terminal Shell em Hamilton, localizado em 391 Burlington St E, bloqueando a entrada e saída de tanques de reabastecimento.
Royal Dutch Shell é uma acionária-chave no projeto canadense LNG, o que inclui uma unidade de exportação em Kitimat, bem como o gasoduto da Coastal Gas Link. A Shell foi responsável pela escolha da TC Energy ter construído e operado o gasoduto, o qual, se construído com sucesso, transportaria gás natural líquido através dos 670km do território desproprietário de muitas Nações Indígenas, incluindo os Wet’suwet’en. A liderança hereditária de todos os grupos locais tem resistido ao desenvolvimento do gasoduto por suas Yintahs por mais de uma década.
Novos bloqueios aconteceram nas últimas semanas, na rodovia Morice West Forest Service, para prevenir que a Coastal Gaslink perfure pelo rio Wedzin Kwa, as nascentes que abastecem o território inteiro e dá vida a seus povos e ecossistemas.
Apoiadores responderam ao chamado de solidariedade que seguiu ataques militares da RCMP no Gidimt’en Checkpoint em 18 de novembro, prendendo defensores da terra, idosos e jornalistas. Pelo menos 10 defensores da terra permanecem sob custódia, enfrentando condições propostas pela Coastal Gaslink que os baniriam de acessar livremente terras Wet’suwet’en em que têm títulos ou convidados.
Durante a manhã, apoiadores aprenderam os caminhões de abastecimento presos na unidade que possuíam carregamento endereçado à unidade de Brantford, esta sem diesel, impactando ainda mais a indústria e causando danos econômicos.
Perto das 10 da manhã, a multidão se moveu dos portões do terminal Shell para ir às ruas e fechar todas as faixas da rua Burlington, uma rodovia-chave de acesso industrial. A perturbação conseguiu parar o trânsito. Não fomos movidos, mesmo quando dois indivíduos tentaram dirigir uma picape vermelha – placa de Alberta, EVZ 546 – por nossa linha. Juntos, recusamo-nos a ser intimidados, pensando na segurança uns dos outros e na força demonstrada pelos Wet’suwet’en face à intimidação de membros da RCMP e de empregados da CGL. Em nota particular, lembramos da coragem dos indivíduos do oeste frente às abordagens de oficiais da RCMP às cabanas residenciais com motosserras e machados, interceptando todos os aparelhos de comunicação de rádio com a música “Ring Around the Rosie” antes de arrombar as portas e, eventualmente, queimar ao menos uma cabana inteira. A polícia de Hamilton respondeu às tentativas de Albertans de dirigir em cima de nós de forma não surpreendente e plácida.
Tomamos isso como mais um lembrete de que nós nos mantemos seguros e de que a violência contra povos indígenas e seus aliados é sancionada pelo Estado e seus agentes – incluindo a polícia de Hamilton e a RCMP –, contra a resistência ao projeto canadense de colonização. Um casal poderia alegremente dirigir seu veículo em uma multidão de pessoas na frente de agentes do Estado e livremente ir para casa, enquanto defensores de terras indígenas estão atualmente detidos e barrados de acessar suas terras. Nem é preciso dizer: que se foda a polícia, RCMP fora da Yintah, e o canadá fora de todo lugar.
Fonte: https://itsgoingdown.org/hamilton-shuts-down-terminal-wetsuweten/
Tradução > Sky
agência de notícias anarquistas-ana
Sobre o campo seco
A voz que grita ao cavalo
É também tormenta.
Kyokusui
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!