Suporte financeiro do comitê de coordenação local de Atenas, Organização Política Anarquista, para cobrir as fianças e despesas legais
Uma das prioridades principais do Estado grego sempre foi, como é hoje, a promoção da reestruturação antissocial que tem como objetivo a transformação da sociedade. Após as eleições de 2019 e a renovação do sistema político, o qual está em geral se movendo na direção do totalitarismo moderno, a versão de hoje da extrema direita do gerenciamento político parece ainda mais agressiva em perseguir os eternos alvos declarados pelas autoridades. Alguns desses alvos que podem ser listados aqui: privatizações, saqueamento do mundo natural, maior elasticidade e intensificação do trabalho, o cultivo do racismo e propaganda, a ainda mais estreita colaboração com a OTAN, o Estado grego como parte permanente da Europa – o guardião da fronteira e também a repressão contra ocupações, lutas sociais e de classe e um ataque dirigido ao movimento anarquista.
A agressividade dos chefes políticos e financeiros é expressa com uma campanha amplamente repressiva do Estado em progresso e ataca todos os aspectos da resistência social e de classe das pessoas que estão abaixo, das dezenas de intromissões e evacuações de ocupações por toda a Grécia, a ocupação policial da Exarchia, a abolição do asilo universitário e o ataque contra seu caráter social, a ilegalização da ação sindical a ponto de suprimir o número de mobilizações, uma prática que é agora legal dadas às recentes leis que restringem as manifestações. Todos esses métodos e ataques contra marginalizados, o movimento anarquista e antiautoritário e a resistência social e de classe em geral, têm algo em comum: o medo das autoridades contra as poderosas classes, contra a dignidade rebelde dos plebeus oprimidos do mundo, que lutam contra a exploração e a opressão. Ao mesmo tempo, o dogma da ‘tolerância zero’ está se promovendo a uma estratégia generalizada de ‘Preventivo Anti-Rebelião’, ao mesmo tempo que a pandemia do Covid-19 funciona como um pilar histórico e como um acelerador da crise sistêmica.
Como anarquistas, percebemos que a opressão de hoje é um ponto vital na agenda da estratégia estatal. Essa estratégia polêmica contra todos aqueles que lutam é parte de um esforço sistêmico de décadas do Estado grego, o qual quer subjugar resistência social e de classe e impor submissão. Lutamos para aumentar essa resistência, para derrubar chefes políticos e econômicos que são responsáveis pela exploração, opressão, pobreza e canibalismo social.
Nesse contexto, participamos em ações e mobilizações que recebem um ataque repressivo pelo Estado, resultando em um número de prisões, ferimentos, fianças e processos criminais. Em específico, a) 4 de nossos camaradas foram feridos, detidos e sujeitos à fiança no evento anti-estado – antifascista em Galatsi, em novembro de 2020, que foi a primeira mobilização que estava na base das novas restrições legais a demonstrações, b) mais 2 de nossos camaradas foram presos e sujeitos à fiança em 6 de dezembro, o dia em que A. Grigoroupoulos, 15 anos de idade, foi assassinado por policiais em Korkoneas em 2008, quando foi imposta uma proibição de encontros por toda a Grécia com mais de 3 pessoas. O Estado, tomando vantagem da pandemia de Covid-19, impôs tais proibições com características claramente políticas, seu alvo sendo mobilizações sociais e de classe. A mesma proibição já havia acontecido nas mobilizações de 17 de novembro, c) mais 4 de nossos camaradas foram presos e sujeitos à fiança durante uma intervenção no Ministério da Saúde, em solidariedade à greve de fome de D. Koufontinas, em 18 de fevereiro de 2021, d) durante uma manifestação do mesmo assunto rumo à sede do partido do governo Nova Democracia, em Moshchato, em 20 de fevereiro de 2021, mais 2 de nossos camaradas foram detidos e submetidos à fiança e e) mais 2 prisões de nossos camaradas aconteceram durante a ocupação simbólica do prédio do Ministério da Cultura em 25 de fevereiro de 2021, em solidariedade à greve de fome de D. Koufontinas.
A quantia total de fianças impostas a nossos camaradas é de 3.600 euros, sem incluir as despesas legais.
Em visão da solidariedade entre os oprimidos, criamos este pedido para pagar parte das fianças que foram impostas. Qualquer extra, possível, rendimento será usado para o mesmo propósito de cobrir a quantidade inteira das fianças, bem como para pagar as despesas legais.
CONTRA A BARBARIDADE CAPITALISTA E DO ESTADO
SOLIDARIEDADE É A NOSSA ARMA
ORGANIZAÇÃO E LUTA PARA A REVOLUÇÃO SOCIAL, ANARQUIA E COMUNISMO LIBERTÁRIO
>> Para ajudar financeiramente, clique aqui:
Tradução > Sky
agência de notícias anarquistas-ana
Mesmo molhado
Resplandece ao pôr-do-sol
O campo de algodão.
Paulo Franchetti
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!