A HQ é uma adaptação recontando a resistência de uma comunidade a uma marcha violenta de milhares de membros da Ku Klux Klan em Carnegie, na Pensilvânia.
Por Brian McNeill
Uma nova história em quadrinhos com arte do professor de publicidade da Virginia Commonwealth University Bizhan Khodabandeh conta a história da resistência de uma comunidade a uma marcha violenta de 10,000 a 30,000 membros da Ku Klux Klan em 1923.
“The Day the Klan Came to Town” foi escrito por Bill Campbell e publicado pela PM Press. Khodabandeh, um professor assistente da Richard T. Robertson School of Media and Culture na College of Humanities and Sciences, é o designer, ilustrador, artista e ativista que colaborou com Campbell e com a Campbell’s Rosarium Publishing em vários projetos passados.
“Bill teve essa ideia para a história porque ele realmente é da cidade em que aconteceu,” diz Khodabandeh. “Ele conversou com seu irmão sobre todos esses fatos históricos pouco conhecidos sobre sua cidade natal e um deles lembrou dessa marcha da Klan. Ele nunca tinha ouvido falar sobre ela, então começou a pesquisá-la.”
O quadrinho, que será publicado este mês, é uma adaptação do motim em Carnegie, na Pensilvânia, contado pelos olhos de um protagonista imigrante siciliano, Primo Salerno.
Da descrição da editora de “The Day the Klan Came to Town”:
O ano é 1923. A Ku Klux Klan está no ápice de seu poder nos Estados Unidos. Com o número de membros já dentro dos milhões, expandem suas fronteiras sulistas. À medida que continuam em suas campanhas de terror contra afro-americanos, seus alvos agora incluem também católicos e judeus, europeus do sul e oeste, todos em nome da “supremacia branca.” Incorporando mensagens de decência moral, valores familiares e temperança, a Klan estabeleceu uma fina camada de respeitabilidade e se tornou uma “organização cívica,” atraindo novos membros, policiais e políticos para sua marca particular de brancos, anglo-saxões e “americanismo” protestante.
A Pensilvânia entusiasticamente aderiu à onda. Isso ocorreu quando o Grand Dragon da Pensilvânia decidiu exibir o novo poder da Klan em uma demonstração de força; ele escolheu uma pequena cidade nos arredores de Pittsburgh nomeada em homenagem a Andrew Carnegie, um pequeno, despretensioso burgo cheio de católicos e judeus, o lugar perfeito para ensinar uma “lição” aos imigrantes. Cerca de 30,000 membros da Klan se reuniram de lugares tão distantes quanto o Kentucky para o “Karnegie Day.” Após a iniciação de novos membros, armaram-se com tochas e armas de fogo para descender à cidade e mostrá-la o que o americanismo realmente era.
“Gostaria que o livro talvez ajudasse a desmantelar a supremacia branca em algum nível,” diz Khodabandeh. “mas esse é um objetivo bem grande. Na realidade, é uma história em quadrinhos, não vai mudar o mundo, mas talvez vá lascá-lo um pouco.”
Khodabandeh, que fez seu bacharelado e mestrado em design gráfico na VCU School of the Arts, trabalha com freelances pelo nome Mended Arrow. Seu primeiro quadrinho, “The Little Black Fish,” publicado pela Campbell’s Rosarium Publishing, foi uma adaptação de uma história infantil clássica persa de Samad Behrangi sobre um peixe que questiona a autoridade.
Para “The Day the Klan Came to Town,” a abordagem de Khodabandeh para a arte foi orientada em parte por restrições de tempo, como teve que balancear o projeto com o trabalho integral na VCU.
“Decidi fazer em preto e branco e um pouco mais simples,” declarou. “E eu tive que fazer essas páginas um pouco mais rápido porque sou professor universitário em tempo integral, não cartunista. Esses cartunistas em tempo integral fazem algo como 23 páginas por mês. Para o projeto, foram cem páginas no curso de 9 ou 10 meses. Comecei logo antes do início do segundo semestre e terminei pelo verão de 2020. Então, na realidade, havia terminado no ano passado e agora está finalmente sendo impresso.”
“The Day the Klan Came to Town” pode ser encomendado diretamente pela editora e será encontrado em breve nas lojas de histórias em quadrinhos e livrarias de Richmond.
Tradução > Sky
agência de notícias anarquistas-ana
um raio de sol
transluz — balança a cortina…
borboleta amarela!
Douglas Eden Brotto
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!