Jornal MAPA, edição #33 (Fev-Abr 2022)
Nesta edição, a primeira do ano em que celebramos o 10º aniversário, lançamos um olhar às práticas utópicas concretas de projetos que desafiam a regra capitalista através de uma conversa com o antropólogo João Carlos Louçã, em torno da memória de espaços de resistência no Porto, projetando uma etnografia de esperança que procura os futuros possíveis. Igual sentido percorre a entrevista feita a três membros do Congresso Nacional Indígena na sua passagem por Portugal como parte da Viagem pela Vida organizada pelo movimento zapatista. Do quotidiano dos migrantes, enquanto ferramentas de trabalho ou armas de geopolítica, unem-se relatos do Alentejo, a outros da Suíça e da fronteira leste da UE. Sobre os quotidianos escondidos dasprisões portuguesas, partilhamos cartas que denunciam a desumanidade do sistema prisional. E, em entrevista com a Habita e a Stop Despejos, sublinhamos que ocupar casas é um direito à habitação.
Um olhar ao antes e depois de Abril é lançado a partir das leituras de livros de Mário Dionísio e Fernando Oliveira Baptista, assim como em notas sobre a região (pós) industrial de Setúbal. Nesta edição, publicamos também crônicas em torno das alterações climáticas depois de mais uma “última oportunidade” – a COP de Glasgow; reflexões sobre o desenvolvimento rural, ou sobre o fetichismo e a ilusão de naturalidade do valor, assim como sobre a luta contra as minas em clima (pré) eleitoral. Trazemos também a terceira entrevista da série testemunhos do capitalismo verde, desta vez a um ativista judicial das comunidades indígenas no centro da exploração de lítio, no Chile. Por fim, com poesia, banda desenhada e em crônica, refletimos sobre a polarização perigosa que cola automaticamente o selo de “negacionista” a quem se atreva a destoar do coro oficial da pandemia.
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agência de notícias anarquistas-ana
passeio de madrugada
os meus sapatos
empapados de orvalho
Rogério Martins
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!