O trabalho apresenta uma discussão teórica relacionando os conceitos de arquivo e Memória afim de entender a relação entre os documentos arquivísticos e o processo de construção de memória social sobre o movimento feminista brasileiro, tendo como objeto de análise o acervo documental de Maria Lacerda de Moura. O arquivo adquire um lugar de destaque na medida em que entendemos que os registros arquivísticos são ferramentas fundamentais nas disputas pela memória, configurando-se no processo segundo o qual a memória se torna um valor, uma forma de poder[1].
O sentido de prova e de verdade segundo o qual o acervo arquivístico é investido lhe confere uma singularidade, é nessa chave que analisamos a memória do movimento feminista a partir da documentação de uma das suas expoentes, Maria Lacerda de Moura. Por meio de uma metodologia exploratória apresentaremos aspectos relevantes da sua trajetória histórica assim como uma análise da documentação que conseguimos recuperar, desta forma podemos propor uma importante discussão acerca da influencia de Maria Lacerda de Moura nas bandeiras e reivindicações do movimento feminista brasileiro, e como essas demandas pautaram de forma mais geral os aspectos centrais do movimento.
A importância do arquivo como um “lugar de memória”[2] ou ainda enquanto um objeto de disputa pela memória precisa ser abordado enquanto um instrumento estratégico na construção da identidade do movimento feminista. Nesse sentido o arquivo é uma ferramenta estratégica do processo de memória e esquecimento que permeia os movimentos sociais. Cumpre um papel importantíssimo a partir do momento em que se configura em um instrumento para o acesso a informação. Porém, de acordo com Lissovsky[3] é necessário analisar os acervos arquivísticos como um conjunto anacrônico, ou seja, o autor defende que são vestígios intencionais que carregam uma série de antecipações (não existe intencionalidade desprovida de antecipações) que se combinam de forma instável, são formados por diversas dimensões que juntas lhes dão vários sentidos. No entanto terá um único sentido dado de acordo com o olhar particular dos pesquisadores e usuários.
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agência de notícias anarquistas-ana
vida repensada
noite de insônia –
manhã cansada
Zezé Pina
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!