No sábado, 12 de fevereiro de 2022, 300 pessoas se manifestaram contra os campos de internação poloneses. E também um buzão da Solibus e.V. de Berlim veio com cerca de 50 ativistas para Krosno Ordzańskie, a 150 km de distância. Juntamente com grupos alemães e poloneses e muitos indivíduos, eles protestaram pela liberdade de circulação de refugiados e contra as condições em todos os centros de chegada do país. Houve discursos de vários grupos e cartas dos atingidos também foram lidas em vários idiomas.
Com tambores, faixas e cânticos, os manifestantes se reuniram em frente ao acampamento em Krosno Ordzańskie, onde atualmente cerca de 100 pessoas estão detidas em um antigo quartel. São pessoas que foram manchetes na virada do ano na fronteira polonesa-bielorrussa porque se tornaram peões das políticas de Lukashenko, da Polônia, e da UE. Entretanto, sabemos que pelo menos 21 pessoas morreram nesta fronteira e algumas delas morreram congeladas.
Estima-se que aqueles que conseguiram solicitar asilo na Polônia sejam cerca de 2.000. Agora eles permanecem indefinidamente em campos como o de Krosno Odrzańskie, aguardando notícias sobre seu pedido de asilo. Além de condições indignas (quase nenhum atendimento médico, proibição de smartphones etc.), o isolamento e a situação insegura causam estresse extremo. Uma vez que a maioria dessas pessoas são vítimas de violência, esta forma de “alojamento” é ilegal de acordo com a lei da Polônia.
Com a manifestação, os ativistas deram um sinal claro de liberdade de movimento, solidariedade internacional e contra o regime fronteiriço europeu. Houve várias prisões depois que os manifestantes saíram espontaneamente do local da manifestação para se aproximarem dos internos com música e cânticos, para que pudessem ouvir a ação até mesmo em suas celas.
Uma porta-voz da aliança disse: “As pessoas nesses campos muitas vezes não sabem quando serão libertadas e qual é a situação atual em relação ao seu pedido de asilo. Estou muito feliz com a forte e especialmente internacional participação nesta manifestação. Um ônibus inteiro de Berlim, com pessoas protestando contra o regime de fronteira praticamente à sua porta, é um importante sinal de solidariedade internacional. Exigimos a dissolução destes campos de acolhimento, a suspensão das deportações e também a parada da construção do muro e assim a destruição da floresta. Todo mundo sabe que a migração não pode ser evitada mesmo com muros. Só se torna mais perigoso para as pessoas que buscam proteção e mais recompensador para os contrabandistas.”
Esta manhã, segunda-feira 14/02, 11 ativistas da Polônia e da Alemanha que se solidarizaram com os migrantes presos ainda estavam detidos nas delegacias de Krosno Ordzańskie e Zielona Gora. Alguns deles foram feridos e colocados sob pressão psicológica, alguns já estão enfrentando possíveis penas de prisão e alguns foram ameaçados com prisão preventiva. A NoBordersTeam Polônia está pedindo apoio internacional.
FB: nobordersteam
Schlafplatzorga Berlim: sleepplaceorga@systemli.org
No Border Assembly: noborderassembly@riseup.net
Ativistas e Amigos da NoBordersTeam Polônia nbeastn@riseup.net
Fonte: https://kontrapolis.info/6289/
Tradução > GTR@Leibowitz__
Conteúdo relacionado:
https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2022/02/18/polonia-video-somos-uma-quebra-em-seu-muro/
agência de notícias anarquistas-ana
árvore morta
no galho seco
uma orquídea
Alexandre Brito
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!